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Pyongyang alerta para manobras de EUA e Seul
Exercícios, que começam hoje, podem ter resultado "imprevisível'
Coreia do Norte também afirma "lamentar muito" a morte de dois civis no ataque de terça contra ilha sul-coreana
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um dia antes de terem início, na Península da Coreia,
as manobras militares entre
EUA e Coreia do Sul, o governo da Coreia do Norte afirmou ontem que elas correm o
risco de colocar a região em
guerra e podem ter consequências "imprevisíveis".
Os EUA garantem que as
manobras, com duração de
quatro dias, foram planejadas antes do ataque norte-coreano contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong, na terça.
"Temos feito operações de
rotina nas águas da Península da Coreia há anos", disse o
capitão Darryn James, porta
voz do Pentágono.
Para a operação, os EUA
deslocaram do Japão o porta-aviões USS Geoge Washington, com 6.000 oficiais e 75
caças de combate a bordo.
Pyongyang também afirmou ser "muito lamentável",
caso se confirme, a notícia
das mortes de civis no ataque. Segundo Seul, dois moradores da ilha morreram.
O presidente sul-coreano,
Lee Myung-bak, pediu a ministros e assessores que se
preparem para eventuais
provocações de Pyongyang
nos próximos dias. "Há a
possibilidade de a Coreia do
Norte realizar alguma ação
inesperada", disse.
O funeral dos oficiais sul-coreanos mortos no ataque
de terça foi seguido por protestos contra o país vizinho.
"É hora de agir. É hora de
retaliação. Vamos atirar no
palácio presidencial de
Pyongyang", gritavam cerca
de mil marinheiros veteranos
na região central de Seul.
Eles queimavam fotos do
líder norte-coreano Kim
Jong-il e de seu pai e antecessor, Kim Il-sung.
Um jornal de Seul afirmou
ontem que o governo local
pretende aumentar os gastos
com defesa no próximo ano.
ENVIADOS CHINESES
Pequim anunciou que autoridades chinesas debateram em Seul com o ministro
do Exterior sul-coreano, Kim
Sung-hwan, como reduzir a
tensão. A China, única grande aliada de Pyongyang, afirmou estar determinada a prevenir uma escalada de violência na área.
O confronto desta semana
foi o maior já ocorrido entre
os dois países desde o fim da
Guerra das Coreias (1950-53).
Além dos dois moradores
da ilha, dois oficiais da marinha sul-coreana também
morreram, segundo Seul. A
Coreia do Sul respondeu 13
minutos após ser atingida.
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