São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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Pyongyang alerta para manobras de EUA e Seul

Exercícios, que começam hoje, podem ter resultado "imprevisível'

Coreia do Norte também afirma "lamentar muito" a morte de dois civis no ataque de terça contra ilha sul-coreana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dia antes de terem início, na Península da Coreia, as manobras militares entre EUA e Coreia do Sul, o governo da Coreia do Norte afirmou ontem que elas correm o risco de colocar a região em guerra e podem ter consequências "imprevisíveis".
Os EUA garantem que as manobras, com duração de quatro dias, foram planejadas antes do ataque norte-coreano contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong, na terça.
"Temos feito operações de rotina nas águas da Península da Coreia há anos", disse o capitão Darryn James, porta voz do Pentágono.
Para a operação, os EUA deslocaram do Japão o porta-aviões USS Geoge Washington, com 6.000 oficiais e 75 caças de combate a bordo.
Pyongyang também afirmou ser "muito lamentável", caso se confirme, a notícia das mortes de civis no ataque. Segundo Seul, dois moradores da ilha morreram.
O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, pediu a ministros e assessores que se preparem para eventuais provocações de Pyongyang nos próximos dias. "Há a possibilidade de a Coreia do Norte realizar alguma ação inesperada", disse.
O funeral dos oficiais sul-coreanos mortos no ataque de terça foi seguido por protestos contra o país vizinho.
"É hora de agir. É hora de retaliação. Vamos atirar no palácio presidencial de Pyongyang", gritavam cerca de mil marinheiros veteranos na região central de Seul.
Eles queimavam fotos do líder norte-coreano Kim Jong-il e de seu pai e antecessor, Kim Il-sung.
Um jornal de Seul afirmou ontem que o governo local pretende aumentar os gastos com defesa no próximo ano.

ENVIADOS CHINESES
Pequim anunciou que autoridades chinesas debateram em Seul com o ministro do Exterior sul-coreano, Kim Sung-hwan, como reduzir a tensão. A China, única grande aliada de Pyongyang, afirmou estar determinada a prevenir uma escalada de violência na área.
O confronto desta semana foi o maior já ocorrido entre os dois países desde o fim da Guerra das Coreias (1950-53).
Além dos dois moradores da ilha, dois oficiais da marinha sul-coreana também morreram, segundo Seul. A Coreia do Sul respondeu 13 minutos após ser atingida.


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