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NY passa a fotografar íris de detidos
Polícia diz que meta é melhorar controle sobre suspeitos em julgamento; programa já começou em Manhattan
Grupos de direitos civis
questionam falta de
debate público e se há
proteção contra o mau
uso de dados coletados
DE NOVA YORK
O Departamento de Polícia
de Nova York anunciou recentemente que começou a
fotografar as íris de pessoas
presas por qualquer motivo.
O objetivo é melhorar o controle sobre suspeitos que ainda estão em julgamento, enquanto passam da custódia
policial às cortes da cidade.
O programa foi implementado depois de dois prisioneiros suspeitos de ofensas graves serem liberados após
convencerem a Justiça de
que eram acusados de crimes
menores, no início deste ano.
De acordo com o porta-voz
da polícia, Paul Browne, o
sistema permite que as autoridades usem um aparelho
portátil para checar em poucos segundos a identidade de
um prisioneiro, quando ele é
apresentado à Justiça.
Ao custo de US$ 500 mil,
Nova York deu início ao programa em Manhattan no último dia 15, mas deve levá-lo
às outras regiões da cidade
-Queens, Staten Island,
Bronx e Brooklyn- até o fim
de dezembro.
Segundo Browne, a novidade está sendo testada há
meses. O seu anúncio, porém, gerou protestos entre libertários e defensores da privacidade, para quem a catalogação pode colocar inocentes sob suspeita permanente.
"É realmente perturbador
que a polícia esteja adotando
um regime de coleta de dados pessoais sem qualquer
debate público", disse ao
"New York Times" Donna
Lieberman, diretora executiva da União pelas Liberdades
Civis de Nova York.
"Não sabemos se é um programa necessário e eficaz,
para não mencionar se há
medidas de proteção contra o
mau uso dos dados coletados."
(CRISTINA FIBE)
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