São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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NY passa a fotografar íris de detidos

Polícia diz que meta é melhorar controle sobre suspeitos em julgamento; programa já começou em Manhattan

Grupos de direitos civis questionam falta de debate público e se há proteção contra o mau uso de dados coletados

DE NOVA YORK

O Departamento de Polícia de Nova York anunciou recentemente que começou a fotografar as íris de pessoas presas por qualquer motivo. O objetivo é melhorar o controle sobre suspeitos que ainda estão em julgamento, enquanto passam da custódia policial às cortes da cidade.
O programa foi implementado depois de dois prisioneiros suspeitos de ofensas graves serem liberados após convencerem a Justiça de que eram acusados de crimes menores, no início deste ano.
De acordo com o porta-voz da polícia, Paul Browne, o sistema permite que as autoridades usem um aparelho portátil para checar em poucos segundos a identidade de um prisioneiro, quando ele é apresentado à Justiça.
Ao custo de US$ 500 mil, Nova York deu início ao programa em Manhattan no último dia 15, mas deve levá-lo às outras regiões da cidade -Queens, Staten Island, Bronx e Brooklyn- até o fim de dezembro.
Segundo Browne, a novidade está sendo testada há meses. O seu anúncio, porém, gerou protestos entre libertários e defensores da privacidade, para quem a catalogação pode colocar inocentes sob suspeita permanente.
"É realmente perturbador que a polícia esteja adotando um regime de coleta de dados pessoais sem qualquer debate público", disse ao "New York Times" Donna Lieberman, diretora executiva da União pelas Liberdades Civis de Nova York.
"Não sabemos se é um programa necessário e eficaz, para não mencionar se há medidas de proteção contra o mau uso dos dados coletados."
(CRISTINA FIBE)


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