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FOCO
Regra para roupas de taxistas nova-iorquinos é relaxada
MICHAEL GRYNBAUM
DO "NEW YORK TIMES"
Os taxistas de Nova York
têm de seguir um código de
vestimenta. Sério. Consta do
manual de 62 páginas que a
Prefeitura distribui aos taxistas para informá-los sobre as
regras de conduta e comportamento a que estão sujeitos.
Camisetas coladas, regatas e calções de banho são
proibidos. Quem violar as
normas pode ser multado em
US$ 25. Mas a verdade é que
as regras são específicas demais e fiscalizadas de menos.
Agora, as autoridades que
fiscalizam os táxis decidiram
mudar a situação. A Comissão de Táxis e Limusines vai
promulgar um novo código
de vestimenta menos específico, na esperança de uma
adesão mais ampla. Todos os
taxistas, estipula o novo código, "devem apresentar
aparência profissional".
Fiscalizar roupas pode ser
uma tarefa ambiciosa para
uma agência que enfrenta dificuldades para impor regras
mais básicas e mais prementes, como o respeito aos limites de velocidade e a proibição do uso de celulares por
motoristas. As autoridades
estão determinadas a reforçar a vigilância.
"Vestimenta apropriada
não é algo que possa ser imposto com facilidade", disse
David Yassky, presidente da
comissão. "Mesmo assim,
queremos informar os motoristas de que existe um padrão de comportamento".
Acostumados à cultura informal, muitos taxistas dizem que nem sabiam que
suas roupas estavam sujeitas
a um regulamento. Não admira: de 1996 para cá, a comissão só impôs 42 multas
por violação do código.
Motoristas dizem que tentam se vestir de forma sóbria,
ainda que confortável, para
uma jornada de até 12 horas
nas ruas. Isso muitas vezes
significa um guarda-roupa
de roupas confortáveis, como jeans e blusas de malha.
Zack Doganay, taxista há
32 anos, usa um suéter de lã
laranja Ralph Lauren, um
lenço de pescoço azul quadriculado e sapatos formais.
"Porque me respeito, sou
mais respeitado."
Para Jimmy Hyacinthe,
que estava de camiseta branca, "terno e gravata são desnecessários, mas é importante estar limpo e confortável".
O código revisado, que deve ser aprovado em audiência pública no mês que vem,
abandona menções a tipos
específicos de roupa.
"Tentar impor uma regra
que se aplicaria a tendências
de moda vai ser sempre uma
batalha perdida", diz Yassy.
Ele disse que não foi discutida a possibilidade de um
uniforme para os taxistas.
"Não sei se a mudança é
boa ou ruim", diz Graham
Hodges, professor de História . "Seria bom que os taxistas voltassem a expressar
suas opiniões".
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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