São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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FOCO

Regra para roupas de taxistas nova-iorquinos é relaxada

MICHAEL GRYNBAUM
DO "NEW YORK TIMES"

Os taxistas de Nova York têm de seguir um código de vestimenta. Sério. Consta do manual de 62 páginas que a Prefeitura distribui aos taxistas para informá-los sobre as regras de conduta e comportamento a que estão sujeitos.
Camisetas coladas, regatas e calções de banho são proibidos. Quem violar as normas pode ser multado em US$ 25. Mas a verdade é que as regras são específicas demais e fiscalizadas de menos.
Agora, as autoridades que fiscalizam os táxis decidiram mudar a situação. A Comissão de Táxis e Limusines vai promulgar um novo código de vestimenta menos específico, na esperança de uma adesão mais ampla. Todos os taxistas, estipula o novo código, "devem apresentar aparência profissional".
Fiscalizar roupas pode ser uma tarefa ambiciosa para uma agência que enfrenta dificuldades para impor regras mais básicas e mais prementes, como o respeito aos limites de velocidade e a proibição do uso de celulares por motoristas. As autoridades estão determinadas a reforçar a vigilância.
"Vestimenta apropriada não é algo que possa ser imposto com facilidade", disse David Yassky, presidente da comissão. "Mesmo assim, queremos informar os motoristas de que existe um padrão de comportamento".
Acostumados à cultura informal, muitos taxistas dizem que nem sabiam que suas roupas estavam sujeitas a um regulamento. Não admira: de 1996 para cá, a comissão só impôs 42 multas por violação do código.
Motoristas dizem que tentam se vestir de forma sóbria, ainda que confortável, para uma jornada de até 12 horas nas ruas. Isso muitas vezes significa um guarda-roupa de roupas confortáveis, como jeans e blusas de malha.
Zack Doganay, taxista há 32 anos, usa um suéter de lã laranja Ralph Lauren, um lenço de pescoço azul quadriculado e sapatos formais. "Porque me respeito, sou mais respeitado."
Para Jimmy Hyacinthe, que estava de camiseta branca, "terno e gravata são desnecessários, mas é importante estar limpo e confortável". O código revisado, que deve ser aprovado em audiência pública no mês que vem, abandona menções a tipos específicos de roupa.
"Tentar impor uma regra que se aplicaria a tendências de moda vai ser sempre uma batalha perdida", diz Yassy.
Ele disse que não foi discutida a possibilidade de um uniforme para os taxistas. "Não sei se a mudança é boa ou ruim", diz Graham Hodges, professor de História . "Seria bom que os taxistas voltassem a expressar suas opiniões".


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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