São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2004

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Ambulância com bombas explode e mata 3 em Bagdá

DA REDAÇÃO

Três pessoas morreram e 17 ficaram feridas ontem em Bagdá quando um homem explodiu o veículo que dirigia, pintado como uma ambulância, em frente ao hotel Shaheen, onde se hospedava o ministro Sami al Majoun (Trabalho).
Entre os mortos, está um sul-africano que prestava serviços para uma empresa de segurança. O ministro não foi ferido.
O ataque, no qual foram usados cerca de 200 kg de explosivos, ocorreu um dia após a ONU ter constatado que havia segurança suficiente para o envio de uma missão técnica para estudar a viabilidade da realização de eleições diretas neste ano. A entidade retirou seus funcionários de Bagdá no fim do ano passado, após sua sede ter sido alvo de dois ataques.
Os xiitas, maioria no país, pedem eleições diretas em contraposição à proposta dos EUA de escolher em convenções regionais o governo interino que assumirá em 30 de junho.
Em Nassiriah, no sul do Iraque, 10 mil xiitas foram às ruas exigir votação direta, chegando a expulsar o governante local de seu gabinete porque ele foi indicado, e não eleito.
"Se os iraquianos chegarem a um acordo sobre o mecanismo para criar um governo provisório, isso ajudará muito. Caso contrário, temo que os conflitos e as dissidências persistam", disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Também ontem, atendendo a um pedido de Ancara, a Autoridade Provisória da Coalizão reconheceu como terrorista o Kadek (ex-PKK, Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que tem base no norte do Iraque. Nos últimos 20 anos, o conflito entre o grupo e o Exército turco por um Estado próprio para os curdos deixou cerca de 30 mil mortos.


Com agências internacionais


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