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Iraque diz ter matado 250 insurgentes em confrontos em Najaf
Em Bagdá, ataque de morteiros a escola secundária sunita mata cinco adolescentes; conflitos sectários provocam a morte de cerca de 60 civis em todo o país
DA REDAÇÃO
Tropas americanas e iraquianas atacaram ontem insurgentes que supostamente planejavam matar peregrinos no
maior festival religioso xiita.
Fontes do Exército iraquiano
estimam que "250 homens armados" morreram ao longo do
dia, em batalhas nas proximidades de Najaf, intensamente
bombardeada por aviões norte-americanos. A cifra não é confirmada por informantes dos
Estados Unidos.
Durante os confrontos, um
helicóptero do Exército americano foi derrubado, provocando a morte de dois militares, segundo um porta-voz.
Também ontem, morteiros
atirados numa escola secundária feminina de um bairro sunita de Bagdá mataram cinco
adolescentes e feriram 20. Cerca de 60 civis morreram ontem
em atentados em todo o país.
O ataque à escola ocorreu às
11h no bairro de Adil, a oeste da
cidade. As bombas caíram num
pátio interno, estouraram janelas e provocaram pânico generalizado.
Segundo a polícia, quatro garotas morreram instantaneamente, e uma quinta morreu
pouco depois, em razão de ferimentos graves que sofreu.
Uma das entidades sunitas, a
Conferência Geral dos Povos
do Iraque, acusou as milícias
xiitas pelo episódio e disse que
os morteiros utilizados eram de
fabricação iraniana.
Ainda na capital, um grupo
armado emboscou o automóvel
que transportava o secretário-geral do Ministério da Indústria, Adel Mehsun al Lami, um
sunita. Ele foi morto, assim como sua filha e dois outros ocupantes do veículo.
O EUA afirmaram que soldados americanos capturaram 21
suspeitos de terrorismo num
bairro sunita da capital. Três
dos presos integrariam a hierarquia operacional da Al Qaeda no Iraque.
Porta-vozes militares disseram que três soldados americanos morreram no sábado, dois
deles em Bagdá, e o último, em
Anbar, Província controlada
pela insurgência sunita.
Em outros incidentes, a explosão de uma bomba matou
uma pessoa num ônibus que
circulava por um bairro xiita de
Bagdá.
Quatro outros xiitas morreram -entre eles, duas mulheres- horas depois, quando um
carro-bomba explodiu em Sadr
City, um dos bairros mais pobres da cidade.
Enquanto isso, o Irã anunciou ter fechado parte de sua
fronteira com o Iraque para
conter o ingresso de peregrinos
que participariam dos festejos
da Ashura, que relembram o
martírio do imã Hussain, personagem da tradição xiita neto
do profeta Maomé.
Proteção do Irã
O jornal britânico "Times"
informou ontem que, para evitar a ação de comandos americanos, líderes dos milicianos
xiitas ligados a Moqtada al Sadr
refugiaram-se no Irã.
A informação é atribuída a
um ex-ministro iraquiano. O
informante, que é sunita, afirma ter indícios de que a operação conta com o aval do primeiro-ministro Nuri al Maliki, xiita e apoiado por Sadr.
O ex-ministro também disse
que parte do arsenal de Sadr foi
escondida em dependências do
Ministério do Interior para evitar que fosse confiscada.
Com agências internacionais
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