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Com EUA, Uribe lança "fase 2" do Plano Colômbia
Nova etapa deve durar seis anos e prioriza desenvolvimento alternativo, diz governo
Iniciativa colombiana faz parte de ofensiva para assegurar o apoio do novo Congresso americano, agora de maioria democrata
DA REDAÇÃO
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, anunciou nesta semana que o seu país colocou em
ação uma nova estratégia de
cooperação com os EUA contra
o narcotráfico baseada na "co-responsabilidade entre a oferta
e a demanda de drogas ilícitas".
"É uma política segundo a
qual, ao derrotar a droga na Colômbia, não haja tanta droga
que estimule o consumo nas
ruas dos países industrializados", afirmou Uribe, durante
participação no evento de uma
igreja cristã, em Bogotá.
Nos próximos dias, uma delegação americana encabeçada
por Thomas Shannon, subsecretário para o Hemisfério Ocidental, estará na Colômbia para avaliar os progressos no
combate ao narcotráfico, entre
outros temas. A viagem faz parte da ofensiva de Uribe para assegurar apoio do novo Congresso americano, agora dominado pelos democratas.
O presidente colombiano falou da estratégia poucas horas
depois que a chanceler do país,
María Consuelo Araújo, havia
apresentado a diplomatas em
serviço em Bogotá a chamada
"Estratégia de fortalecimento
da democracia e o desenvolvimento social na Colômbia".
O planejamento da nova política envolveu Uribe e todo o
seu gabinete, sobretudo o ministro da Defesa, Juan Manuel
Santos, que recentemente disse que se tratará da "fase de
consolidação do Plano Colômbia", lançado há seis anos, com
forte ajuda financeira de Washington. Depois de Israel e do
Egito, a Colômbia é o país que
mais recebe recursos do governo americano. A nova fase deve
durar outros seis anos.
"Pedimos o apoio dos EUA,
da Europa, de toda a América,
de nossos irmãos, de todos os
continentes", disse Uribe.
O presidente colombiano
disse que o país precisa do
apoio internacional para a erradicação do cultivo ilegal de coca, tanto via fumigação quanto
por destruição manual, para
perseguir narcotraficantes e
para promover o desenvolvimento alternativo.
No último tema, Uribe disse
que o seu país administra com
grande sucesso o programa de
"famílias de guardas florestais",
do qual participam cerca de 50
mil famílias de camponeses,
que recebem um salário em
troca de vigiar áreas de preservação ambiental. "Queremos
que o mundo nos ajude a financiar não a 50 mil famílias, mas
120 mil", afirmou.
O plano também considera
que o Tratado de Livre Comércio com os EUA, ao gerar promover o crescimento econômico e a geração de empregos, será peça essencial na luta antinarcotráfico no país. O acordo
ainda precisa ser aprovado pelo
Congresso americano.
Com agências internacionais
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