São Paulo, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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DEMOGRAFIA

Governo chinês considera rever política do filho único

DO "FINANCIAL TIMES"

A China está considerando a possibilidade de elevar seus limites para o número de filhos que um casal pode ter, de acordo com uma importante funcionária da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar.
Os comentários de Zhao Baige, vice-ministra do Planejamento Familiar, destacam as crescentes preocupações quanto às implicações demográficas das regras severas de controle populacional que constituem uma das bases da política social chinesa e ocasionalmente são aplicadas de maneira brutal.
A dita "política do filho único", que limita o número de filhos que os casais urbanos da etnia han, dominante na China, podem ter, está em vigor desde o final dos anos 70, e as estimativas indicam que ela tenha evitado 400 milhões de nascimentos.
No entanto, ela também está resultando em uma queda na proporção de cidadãos em idade de trabalho, o que gerou alertas quanto à possibilidade de que a China "fique velha antes de ficar rica". Zhao, cuja comissão é responsável pela supervisão da política de controle populacional, disse que Pequim desejava elevar o limite "gradativamente".
Caso medidas venham a ser tomadas, isso poderia desacelerar o envelhecimento rápido da população. Em 2030, as estimativas indicam que 20% dos chineses terão mais de 60 anos, o dobro da proporção atual. Analistas já vinham propondo uma reforma da política populacional e ela foi ajustada. No momento, entre 30% e 40% dos chineses estão autorizados a ter dois ou mais filhos. Na maioria das áreas urbanas, os pais que foram filhos únicos têm direito a ter dois filhos; na maioria das áreas rurais as famílias têm direito a um segundo filho caso o primeiro seja menina.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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