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DEMOGRAFIA
Governo chinês considera rever política do filho único
DO "FINANCIAL TIMES"
A China está considerando
a possibilidade de elevar seus
limites para o número de filhos que um casal pode ter,
de acordo com uma importante funcionária da Comissão Nacional de População e
Planejamento Familiar.
Os comentários de Zhao
Baige, vice-ministra do Planejamento Familiar, destacam as crescentes preocupações quanto às implicações
demográficas das regras severas de controle populacional que constituem uma das
bases da política social chinesa e ocasionalmente são
aplicadas de maneira brutal.
A dita "política do filho
único", que limita o número
de filhos que os casais urbanos da etnia han, dominante
na China, podem ter, está em
vigor desde o final dos anos
70, e as estimativas indicam
que ela tenha evitado 400
milhões de nascimentos.
No entanto, ela também
está resultando em uma queda na proporção de cidadãos
em idade de trabalho, o que
gerou alertas quanto à possibilidade de que a China "fique velha antes de ficar rica".
Zhao, cuja comissão é responsável pela supervisão da
política de controle populacional, disse que Pequim desejava elevar o limite "gradativamente".
Caso medidas venham a
ser tomadas, isso poderia desacelerar o envelhecimento
rápido da população. Em
2030, as estimativas indicam
que 20% dos chineses terão
mais de 60 anos, o dobro da
proporção atual. Analistas já
vinham propondo uma reforma da política populacional e ela foi ajustada. No momento, entre 30% e 40% dos
chineses estão autorizados a
ter dois ou mais filhos. Na
maioria das áreas urbanas, os
pais que foram filhos únicos
têm direito a ter dois filhos;
na maioria das áreas rurais
as famílias têm direito a um
segundo filho caso o primeiro seja menina.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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