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SUCESSÃO DE PUTIN
Governo russo se antecipa a crítica de monitores eleitorais
IGOR GIELOW
ENVIADO ESPECIAL A MOSCOU
A Comissão Eleitoral da
Rússia acusou ontem observadores internacionais de terem idéias preconcebidas sobre a lisura do pleito presidencial do domingo, antecipando-se a eventuais críticas
de direcionamento da campanha e do voto. "Alguns observadores vêm para a Rússia com conclusões e opiniões prontas que não têm
nada a ver com a realidade",
disse Vladimir Churov, que
se encontrou com membros
da única missão ocidental a
acompanhar as eleições, do
Conselho da Assembléia
Parlamentar da Europa.
Ainda assim, Churov disse
que haverá 300 observadores na ativa domingo -para
cobrir mais de 95 mil zonas
eleitorais em 11 fusos horários do maior país do mundo.
A disputa é velha. Na eleição parlamentar de dezembro, a OSCE (Organização
para Segurança e Cooperação na Europa) retirou seus
observadores porque eles
não estariam recebendo vistos a tempo. Desta vez, ela
nem cogitou enviar representantes, acusando a Rússia
de coibir seu trabalho.
A crítica não é muito diferente, embora os motivos e
métodos sejam distintos, da
que foi feita contra o governo
paquistanês durante as eleições parlamentares da semana passada. Lá, observadores
tiveram acesso muito limitado a locais de votação, mas a
alegação principal -e até
certo ponto justificável- era
a de que havia risco de que
ocorressem atentados.
Não é o caso russo. "Aqui o
governo manobrou para ter
uma eleição na qual o único
candidato viável é o escolhido por Vladimir Putin, Dmitri Medvedev", diz a assessoria do coalizão de partidos e
grupos de oposição A Outra
Rússia. Estão na disputa o favoritíssimo Medvedev, o comunista Gennadi Ziuganov,
o ultranacionalista Vladimir
Jirinovski e o nanico Andrei
Bogdanov.
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