São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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EUA

Ação pré-11 de setembro sugere falhas

Criticado, FBI anuncia reestruturação hoje

DA REDAÇÃO

O diretor do FBI (polícia federal dos EUA), Robert Mueller, vai anunciar hoje uma série de mudanças no órgão, voltadas a melhorar suas capacidades analíticas e de lidar com questões de inteligência.
As medidas vêm em resposta às críticas contra o FBI em razão de sua direção não ter detectado a importância de alertas que poderiam ter ajudado a evitar os atentados de 11 de setembro.
Um dos pontos esperados na reformulação é a criação de um Escritório de Inteligência, encabeçado por um agente da CIA (serviço de inteligência americano).
Funcionários e recursos devem ser redistribuídos para consolidar o papel do FBI na supervisão de atividades de contra-espionagem e combate ao terrorismo.
Mueller, que tomou posse uma semana antes de 11 de setembro, tem recebido cobranças do Congresso e até mesmo de agentes que acreditam que o FBI poderia ter se empenhado mais nas semanas que precederam o histórico ataque com aviões ao World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, na capital do país.
O debate sobre o papel das forças de segurança ganhou novo ímpeto com revelações de que a direção do FBI e o presidente George W. Bush tinham conhecimento de um relatório de um agente em Phoenix que falava sobre a presença de homens de origem árabe tomando aulas de pilotagem nos EUA.
Na semana passada, uma agente de Minneapolis revelou que o FBI ignorou pedidos do escritório local para aprofundar investigações sobre Zacharias Moussaoui, conhecido como o "vigésimo sequestrador", preso em agosto.
Mueller afirma que o FBI não tinha capacidade analítica para cruzar as informações e ligar dados como os dos relatórios de Phoenix e Minneapolis. As mudanças no FBI começaram no ano passado. As autoridades esperam recrutar 900 novos agentes.


Com agências internacionais

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