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ARGENTINA
Ações causam resistência
General e presidente do BC criticam Kirchner
ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES
O general Ricardo Brinzoni,
afastado pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner, do comando do Exército, despediu-se
do cargo com duras críticas. Disse
que a reforma promovida nas
Forças Armadas é "inexplicável"
e que "a intriga política sobre os
quartéis parece ter voltado depois
de 20 anos" -referindo-se ao governo militar (1976-1983).
Na sua primeira semana de
mandato, Kirchner, por meio de
decreto, transferiu para a reserva
27 generais, 13 almirantes e 12 brigadeiros. Brinzoni, que estava na
chefia do Exército desde 1999, é
suspeito de ter ordenado o massacre de Margarita Belén, em 1976,
quando 22 opositores do governo
militar foram fuzilados.
O general Roberto Fernando
Bendini, amigo de Kirchner e originário da Província de Santa
Cruz, governada pelo presidente
até sua eleição para a Presidência,
assumiu o comando do Exército.
Banco Central
O presidente do Banco Central
argentino, Alfonso Prat Gay, chamou de "absurdo" o fato de
Kirchner ser favorável a uma depreciação do peso. Para Kirchner,
uma cotação de 3 pesos por dólar
estimularia as exportações. Ontem, o dólar fechou a 2,90 pesos.
"Ele [Kirchner] gostaria de um
dólar a 3 pesos, o que, no atual
ambiente econômico, eu diria que
é absurdo", disse Gay.
"Não há como prever o nível da
taxa de câmbio. Eu recomendaria
ao presidente a não colocar sua
credibilidade em risco por algo
que não se pode prever", afirmou
o presidente do BC argentino.
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