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São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2003

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ARGENTINA

Ações causam resistência

General e presidente do BC criticam Kirchner

ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES

O general Ricardo Brinzoni, afastado pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner, do comando do Exército, despediu-se do cargo com duras críticas. Disse que a reforma promovida nas Forças Armadas é "inexplicável" e que "a intriga política sobre os quartéis parece ter voltado depois de 20 anos" -referindo-se ao governo militar (1976-1983).
Na sua primeira semana de mandato, Kirchner, por meio de decreto, transferiu para a reserva 27 generais, 13 almirantes e 12 brigadeiros. Brinzoni, que estava na chefia do Exército desde 1999, é suspeito de ter ordenado o massacre de Margarita Belén, em 1976, quando 22 opositores do governo militar foram fuzilados.
O general Roberto Fernando Bendini, amigo de Kirchner e originário da Província de Santa Cruz, governada pelo presidente até sua eleição para a Presidência, assumiu o comando do Exército.

Banco Central
O presidente do Banco Central argentino, Alfonso Prat Gay, chamou de "absurdo" o fato de Kirchner ser favorável a uma depreciação do peso. Para Kirchner, uma cotação de 3 pesos por dólar estimularia as exportações. Ontem, o dólar fechou a 2,90 pesos.
"Ele [Kirchner] gostaria de um dólar a 3 pesos, o que, no atual ambiente econômico, eu diria que é absurdo", disse Gay.
"Não há como prever o nível da taxa de câmbio. Eu recomendaria ao presidente a não colocar sua credibilidade em risco por algo que não se pode prever", afirmou o presidente do BC argentino.


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