São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 2006

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Sob forte esquema de segurança, votação ocorre sem casos de violência

DA ENVIADA A BOGOTÁ

Contrariando os piores medos dos colombianos e graças a um esquema fortíssimo de segurança, a votação de ontem correu sem incidentes de violência ou atentados nas principais cidades do país.
Em Bogotá, o dia frio e chuvoso não impediu que os eleitores comparecessem em massa aos centros de votação, provocando filas e engarrafamentos. Historicamente, o índice de abstenção ronda os 50% na Colômbia, onde o voto não é obrigatório.
Cerca de 220 mil membros das forças de segurança e mais 100 mil agentes de inteligência e antiterroristas foram empregados em todo o país para garantir a segurança do pleito, segundo dados oficiais.
Até os eleitores eram revistados pelos agentes de segurança antes de entrar no local de votação, enquanto cães farejavam os conteúdos de bolsas.
Alguns eleitores reclamaram. "Isso é muito incômodo e, na verdade, não muito democrático", disse Jayme Mur, que votou na praça de Bolívar, no centro de Bogotá.
O eleitor do candidato da esquerda, Carlos Gaviria, explicou sua opção. "Seu programa é muito melhor, e o governo Uribe foi muito regular. Melhorou em algumas coisas, mas não na área social", disse Mur.
"Depois de governos como o de [César] Gaviria e [Andrés] Pastrana, que nos deixaram em má situação com a guerrilha, Uribe melhorou muito as condições", disse, por sua vez, Juan Carlos Jimenez.
O ritmo tranqüilo de votação levou o prefeito de Bogotá, Luis Eduardo Garzón, a declarar que "o país hoje está mais para Suíça do que para o Iraque".
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) haviam prometido não atrapalhar a votação, pedindo que os colombianos comparecessem às urnas para votar contra o presidente Álvaro Uribe, que tenta a reeleição. (CVN)


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