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Sob forte esquema de segurança, votação ocorre sem casos de violência
DA ENVIADA A BOGOTÁ
Contrariando os piores medos dos colombianos e graças a
um esquema fortíssimo de segurança, a votação de ontem
correu sem incidentes de violência ou atentados nas principais cidades do país.
Em Bogotá, o dia frio e chuvoso não impediu que os eleitores comparecessem em massa
aos centros de votação, provocando filas e engarrafamentos.
Historicamente, o índice de
abstenção ronda os 50% na Colômbia, onde o voto não é obrigatório.
Cerca de 220 mil membros
das forças de segurança e mais
100 mil agentes de inteligência
e antiterroristas foram empregados em todo o país para garantir a segurança do pleito, segundo dados oficiais.
Até os eleitores eram revistados pelos agentes de segurança
antes de entrar no local de votação, enquanto cães farejavam
os conteúdos de bolsas.
Alguns eleitores reclamaram. "Isso é muito incômodo e,
na verdade, não muito democrático", disse Jayme Mur, que
votou na praça de Bolívar, no
centro de Bogotá.
O eleitor do candidato da esquerda, Carlos Gaviria, explicou sua opção. "Seu programa é
muito melhor, e o governo Uribe foi muito regular. Melhorou
em algumas coisas, mas não na
área social", disse Mur.
"Depois de governos como o
de [César] Gaviria e [Andrés]
Pastrana, que nos deixaram em
má situação com a guerrilha,
Uribe melhorou muito as condições", disse, por sua vez, Juan
Carlos Jimenez.
O ritmo tranqüilo de votação
levou o prefeito de Bogotá, Luis
Eduardo Garzón, a declarar
que "o país hoje está mais para
Suíça do que para o Iraque".
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) haviam prometido não atrapalhar
a votação, pedindo que os colombianos comparecessem às
urnas para votar contra o presidente Álvaro Uribe, que tenta a
reeleição.
(CVN)
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