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TPI recebe denúncia contra tropas britânicas
DA REUTERS
A Promotoria do Tribunal Penal Internacional analisará um
dossiê sobre supostas violações
aos direitos humanos cometidas
por tropas britânicas no Iraque.
Membros da Associação dos
Advogados de Atenas (Grécia)
pediram ao promotor-chefe do
TPI, o argentino Luiz Moreno
Ocampo, que investigue 22 supostas violações envolvendo soldados do Reino Unido no Iraque.
O TPI, com sede em Haia (Holanda), é uma organização internacional independente cuja missão é julgar crimes de guerra, contra a humanidade e de genocídio.
O tribunal só poderá agir quando os supostos crimes tiverem sido cometidos por cidadãos de um
país-membro do TPI ou tiverem
ocorrido no território de um país-membro.
O Iraque não é membro do TPI,
mas o Reino Unido o é. Logo, as
ações de seus soldados poderiam,
em princípio, ser investigadas pelo tribunal. Já as tropas dos EUA
estão fora da jurisdição da corte
internacional, pois o país não integra o TPI.
Entretanto, o TPI só poderá iniciar uma investigação quando a
Justiça dos países envolvidos se
mostrar impossibilitada ou desinteressada em agir.
Desde que entrou em vigor, em
1º de julho de 2002, o TPI já recebeu cerca de 500 denúncias de
violações de 66 diferentes países.
Cem delas referem-se ao Iraque,
mas não passam de protestos, em
sua maioria.
Até agora, no entanto, o tribunal ainda não iniciou nenhuma
investigação. Há cerca de duas semanas, Ocampo anunciou que
provavelmente sua primeira investigação será centrada em violações ocorridas na Província de
Ituri, na República Democrática
do Congo (ex-Zaire).
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