DA REDAÇÃO

O governo dos EUA elogiou a decisão de Israel de libertar 540 prisioneiros palestinos, sendo 210 deles integrantes dos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmico. O elogio foi feito na véspera do encontro que acontece hoje na Casa Branca entre o premiê israelense, Ariel Sharon, e o presidente americano, George W. Bush.
O desmantelamento de postos de controle na Cisjordânia, facilitando o tráfego entre algumas cidades e vilas palestinas, também foi considerado como um gesto positivo pela Casa Branca. O objetivo de Sharon seria mostrar aos EUA antes do encontro com Bush que o governo de Israel está disposto a avançar o processo de paz.
No encontro de hoje, Bush deve advertir Sharon para os riscos que a construção de uma cerca separando áreas palestinas de Israel oferece ao novo plano de paz. Na semana passada, no encontro com o premiê palestino, Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, o presidente dos EUA já havia feito críticas à construção da cerca. Mazen afirma que tanto a cerca como os postos de controle dificultam o tráfego interno dos palestinos.
Israel diz que o objetivo da cerca é impedir que terroristas entrem dentro do território israelense para cometer atentados. Na semana passada, o chanceler de Israel, Silvan Shalom, disse que o projeto de construção da cerca não será abandonado, mas pode ser revisto. Alguns acreditam que a cerca pode vir a se tornar a fronteira entre Israel e um Estado palestino.
O Knesset (Parlamento de Israel) aprovou ontem cerca de US$ 170 milhões para financiar a construção da cerca.

Morte
Um soldado israelense desaparecido há uma semana foi encontrado ontem em uma plantação de oliveiras perto de duas vilas árabes no norte de Israel. A morte do militar está sendo atribuída a grupos terroristas palestinos.