São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008

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Exército se vê como guardião do laicismo

DA REDAÇÃO

Embora 99,8% de seus 72 milhões de habitantes sejam muçulmanos, a Turquia tem como princípio, por razões históricas, a laicidade de suas instituições, criadas no início dos anos 20 com as reformas radicais do presidente e general Mustafá Kemal Atatürk (1923-1938).
O secularismo turco, com histórico de autoritarismo, se reforçou ao longo do século 20, culminando com a lei de 1989, que proibiu o uso do véu islâmico nas universidades públicas.
O Exército tornou-se o instrumento dessa modernização forçada, razão pela qual vê com desconfiança a religiosidade crescente da classe média e o governo do Partido Justiça e Desenvolvimento (AK) -os quais, acusa, querem dar marcha a ré na história e levar o país a uma reformatação teocrática de suas instituições.
Foi para conter o que acreditavam ser riscos de islamização que os militares deram quatro golpes de Estado amparados pela elite laica, em 1960, 1971, 1980 e 1997.
Apesar das pressões internas, o governo do AK é respaldado pela União Européia e pelos EUA - a Turquia é o único país de maioria muçulmana a integrar a Otan (aliança militar ocidental).


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