São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2011

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Chefe militar rebelde é morto na Líbia

Abdel Fattah Younes havia sido preso por suspeita de manter elo com regime de Gaddafi, que servira antes de desertar

As circunstâncias do assassinato do general não estão claras; sua relação com ditador incomodava insurgentes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O principal chefe militar dos rebeldes líbios, um general que desertou do regime de Muammar Gaddafi no início do levante, foi assassinado ontem, em circunstâncias não esclarecidas.
Abdel Fattah Younes foi morto com dois assessores horas depois de ter sido preso pelos serviços de segurança dos rebeldes para que respondesse a "questões militares", segundo anunciou o chefe político da insurgência líbia, Mustafá Abdeljalil. De acordo com Abdeljalil, chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT), as mortes ocorreram no momento em que Younes era levado para ser interrogado.
Não foram divulgados o local nem detalhes da ação.
O líder do CNT disse que os autores dos disparos foram presos, mas que os corpos das vítimas estão desaparecidos.
Fontes de segurança afirmaram sob condição de anonimato que Younes havia sido preso por suspeita de manter relações com o regime. O general era um dos mais próximos colaboradores de Gaddafi quando anunciou que deixava o cargo de ministro do Interior para se juntar aos rebeldes, em fevereiro.
Desde então, comandava, com apoio dos bombardeios da Otan (aliança militar ocidental) as operações militares contra o Exército líbio. Algumas facções rebeldes, no entanto, se sentiam incomodadas com o fato de serem chefiadas por um general que integrava a cúpula do regime até o início deste ano.
Mas as suspeitas pela morte de Younes não recaem apenas sobre os rebeldes. Especula-se que ele possa ter sido executado por vingança de células pró-Gaddafi infiltradas no território controlado pelos insurgentes.

IMPASSE
A guerra líbia vive situação de impasse. Apesar do apoio político e militar das potências ocidentais, os rebeldes não conseguem consolidar seu avanço rumo a Trípoli. A situação ressuscita a tese de uma saída negociada.


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