DA REDAÇÃO

Os EUA reafirmaram ontem que irão impor sanções ao Irã caso o país desafie o prazo fixado pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU para interromper seu programa de enriquecimento de urânio, que se esgota nesta quinta-feira.
No sábado, o jornal "Los Angeles Times" publicou entrevista em que o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, afirmou que Washington pretende formar uma coalizão de países aliados para congelar bens iranianos e restringir o comércio com o país, caso o CS, onde China e Rússia têm poder de veto, não o faça. Bolton disse que os EUA "não precisam da autoridade do CS para impor sanções".
Ontem, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, reforçou que é desejo da comunidade internacional "ir pelo caminho das sanções".
"Essas afirmações [de Bolton] são um insulto ao Conselho de Segurança", reagiu o porta-voz do governo iraniano, Gholam Hossein Elham. Ele disse que o Irã não está preocupado com o ultimato.
Na semana passada, Teerã ofereceu continuar as negociações sobre seu programa nuclear, mas negou-se a suspender o enriquecimento de urânio de antemão, proposta que os EUA qualificaram de insuficiente.
Em outra declaração, o subsecretário para Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro dos EUA, Stuart Levey, disse ontem que o Irã é um "banco central do terror".