São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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RÚSSIA

Para mediador, terroristas não eram suicidas

DA "ASSOCIATED PRESS"

Os terroristas que comandaram o seqüestro numa escola de Beslan "esperavam que sobreviveriam ao atentado e acreditavam que as negociações terminassem em acordo", disse ontem Ruslan Aushev, ex-presidente da república russa da Inguchétia, que atuou como mediador da crise.
"Em minha opinião eles não queriam morrer", disse Aushev, o que contradiz a versão de que se tratava de um comando suicida, predisposto desde o início a provocar um banho de sangue.
O episódio terminou no último dia 3 com mais de 300 reféns mortos, cerca de metade dos quais eram crianças. Também morreram 30 dos 31 seqüestradores.
Aushev foi enviado a Beslan, na Nova Ossétia, pelo ministro russo para Situações de Emergência, Sergei Shoigu. Foi por meio da intervenção do ex-presidente inguche que 26 reféns foram libertados na véspera da carnificina.
O mediador disse que negociou primeiramente por telefone com um terrorista que se dizia "porta-voz" do grupo. Autorizado a entrar na escola, Aushev recebeu de seu interlocutor uma folha de papel com a exigência -retirada das tropas russas da Tchetchênia- para libertar os reféns.


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