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RÚSSIA
Para mediador, terroristas não eram suicidas
DA "ASSOCIATED PRESS"
Os terroristas que comandaram
o seqüestro numa escola de Beslan "esperavam que sobreviveriam ao atentado e acreditavam
que as negociações terminassem
em acordo", disse ontem Ruslan
Aushev, ex-presidente da república russa da Inguchétia, que atuou
como mediador da crise.
"Em minha opinião eles não
queriam morrer", disse Aushev, o
que contradiz a versão de que se
tratava de um comando suicida,
predisposto desde o início a provocar um banho de sangue.
O episódio terminou no último
dia 3 com mais de 300 reféns mortos, cerca de metade dos quais
eram crianças. Também morreram 30 dos 31 seqüestradores.
Aushev foi enviado a Beslan, na
Nova Ossétia, pelo ministro russo
para Situações de Emergência,
Sergei Shoigu. Foi por meio da intervenção do ex-presidente inguche que 26 reféns foram libertados na véspera da carnificina.
O mediador disse que negociou
primeiramente por telefone com
um terrorista que se dizia "porta-voz" do grupo. Autorizado a entrar na escola, Aushev recebeu de
seu interlocutor uma folha de papel com a exigência -retirada
das tropas russas da Tchetchênia- para libertar os reféns.
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