|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Novo seqüestro põe pressão na coalizão
DA REUTERS
Um grupo terrorista quase desconhecido disse ontem ter seqüestrado uma polonesa no Iraque e exigiu a retirada das forças
da Polônia do país, segundo um
vídeo divulgado pela TV árabe Al
Jazira, mas Varsóvia imediatamente rejeitou a exigência.
"Sem dúvida, está fora de nossos planos negociar com terroristas a possibilidade de retirar as
tropas ou qualquer outra questão", disse o premiê polonês, Marek Belka, em entrevista coletiva
ocorrida depois de uma reunião
de emergência de seu gabinete.
A Al Jazira divulgou um vídeo
em que uma mulher aparentemente idosa, não identificada,
aparece sentada entre dois homens mascarados e vestidos de
preto. Um deles aponta sua arma
em direção à cabeça da polonesa,
que, segundo Varsóvia, vive no
Iraque "há muitos anos".
"Peço a ajuda do governo polonês e a retirada das tropas polonesas do Iraque, além da libertação
das iraquianas que estão na prisão
de Abu Ghraib", disse um dos seqüestradores, segundo a Al Jazira.
A Polônia tem 2.500 soldados
no centro-sul do Iraque e comanda uma divisão multinacional de
8.000 homens. Varsóvia já afirmara que pretendia começar a retirar suas tropas do Iraque após a
realização das eleições gerais, que
estão marcadas para o início do
ano que vem.
O seqüestro da polonesa fez aumentar a pressão sobre os aliados
militares dos EUA no Iraque, já
que um japonês e uma mulher de
origem britânica, irlandesa e iraquiana também estão nas mãos
de seqüestradores no país.
Há três dias, membros do grupo
do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, o homem mais
procurado pelos EUA no Iraque,
ameaçaram decapitar um jovem
turista japonês se o Japão não retirasse suas tropas do território iraquiano. Tóquio também rejeitou
a possibilidade de fazê-lo, mas especula-se que o governo japonês
já tenha negociado com terroristas, buscando a libertação de outro refém japonês.
Londres também se recusa a negociar com os captores de Margaret Hassan, chefe de operações da
organização humanitária Care International no Iraque, embora ela
tenha feito apelo nesse sentido.
Texto Anterior: Iraque sob tutela: Guerra matou 100 mil civis, diz estudo Próximo Texto: Terror diz ter matado 11 soldados iraquianos Índice
|