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IRAQUE
EUA e Reino Unido bombardeiam zona de exclusão aérea no norte do país
Inspeções seguem sem obstáculos
DA REDAÇÃO
Os inspetores da ONU no Iraque visitaram ontem um laboratório de vacinas e uma fábrica de munições perto de Bagdá, no segundo dia de inspeções da ONU
para verificação da existência de
armas de destruição em massa.
As inspeções não enfrentaram
obstáculos, assim como havia
acontecido no dia anterior, quando foram reiniciados os trabalhos,
após quatro anos de interrupção.
Um grupo de inspetores foi a
um laboratório que fabrica vacina
para a febre aftosa em Dora, ao sul
de Bagdá. A permanência no local
foi de quatro horas. Foram ouvidos funcionários, checados equipamentos e recolhidas amostras de material para exames.
Os inspetores sentiram a falta de
alguns equipamentos. O governo
iraquiano informou que os havia
transferido para outro local. Os
inspetores foram até lá e confirmaram a informação.
Porém eles criticaram a transferência do equipamento sem prévio aviso. "Se eles [os iraquianos]
levam equipamentos de uma instalação para outra, eles têm a obrigação de nos comunicar", afirmou Dimitri Perricos, da equipe
de inspetores.
Outro grupo de inspetores foi a
um complexo que fabrica munições leves em Taji, a cerca de 25
km ao norte da capital iraquiana.
Os EUA listaram tanto o laboratório em Dora como a fábrica de
munições em Taji como sendo locais onde possivelmente haveria
produção de armas de destruição
em massa.
Os jornalistas que tentaram
acompanhar os inspetores foram
barrados nas entradas das instalações pelas autoridades iraquianas.
Temendo haver escutas ilegais
de autoridades iraquianas em
suas instalações em Bagdá, os inspetores da ONU pediram que fosse enviado equipamentos de rastreamento eletrônico. Porém os
inspetores ressaltaram não haver
provas de que escutas tenham sido colocadas no local.
A Rússia expressou satisfação
com o "bem-sucedido começo"
das inspeções e elogiou a "cooperação construtiva" entre o Iraque
e os inspetores do ONU.
Ataque
Caças americanos e britânicos
atacaram instalações na zona de
exclusão aérea, no norte do Iraque, matando um civil, segundo a
agência de notícias oficial do governo iraquiano, a INA.
A defesa antiaérea iraquiana
respondeu aos bombardeios, de
acordo com a INA. Os caças teriam voltado para uma base militar americana na Turquia.
Comunicado do governo americano afirmou que os caças dispararam apenas contra a defesa
antiaérea iraquiana.
As áreas de exclusão aérea servem para proteger a minoria curda no norte e a xiita no sul.
Com agências internacionais
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