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Putin volta a acusar outros países de ingerência
DO ENVIADO ESPECIAL A MOSCOU
O presidente russo, Vladimir
Putin, voltou a atacar potências
estrangeiras sobre a suposta intenção delas de influenciar o
resultado da eleição parlamentar do próximo domingo.
Falando a diplomatas no
Kremlin, Putin repetiu a acusação sem desta vez dar nome aos
bois -na segunda-feira, havia
dito que os EUA queriam desacreditar as eleições e o fariam
estimulando a retirada de observadores internacionais.
"Nós fizemos tudo para proteger a Rússia de distúrbios internos e para colocá-la firmemente no caminho do desenvolvimento evolucionário. E eu
sou forçado a me repetir: nós
não vamos permitir que esse
processo seja mudado de fora."
O pleito, que segundo pesquisas será vencido pelo partido eleito por Putin para montar
sua base parlamentar (o Rússia
Unida), é visto por analistas como um referendo dos quase oito anos de gestão do ex-espião
da KGB (serviço secreto soviético) no Kremlin.
O papel de Putin após o fim
de seu segundo mandato, em
março do ano que vem, é objeto
de especulação. Tecnicamente,
liderando a lista de votação do
partido, ele poderá virar primeiro-ministro. Mas outras
opções, como a criação de um
cargo especial, estão na mesa.
Os EUA e a União Européia
criticaram o tratamento dado à
fraca oposição local, com repressão policial a manifestações. Um dos líderes oposicionistas, o ex-campeão mundial
de xadrez Garry Kasparov, deve
sair da cadeia hoje às 15h45.
"Não deve haver surpresas, e
Kasparov está bem", afirmou à
Folha seu correligionário Denis Bilunov. Kasparov foi preso
sábado, em Moscou, sob alegação de que não havia autorização para seu protesto.
(IG)
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