DA REDAÇÃO

Apesar de abalos secundários, os países afetados pelo terremoto de anteontem na região do Índico próxima à Indonésia retiraram os alertas de perigo. A única exceção é a ilha indonésia de Nias, onde pode haver mais de mil vítimas. Anteontem, autoridades disseram que o total de mortos podia chegar a 2.000.
Conhecido paraíso do surfe, Nias estava devastada. Na cidade de Gunungstoli, a maior parte dos prédios ficou no chão após o tremor de 8,7 graus na escala Richter. As equipes de ajuda humanitária mobilizadas pela ONU e por ONGs para auxiliar os trabalhos após o tsunami que devastou a região em 26 de dezembro foram deslocadas para a área.
O presidente dos EUA, George W. Bush, bastante criticado em dezembro pela lentidão da resposta americana à tragédia asiática, ofereceu ajuda e disse que os americanos estavam rezando pelos indonésios.
Nos outros locais, o temor maior era que um novo tsunami se formasse depois do terremoto, similar ao que arrasou grande parte da costa da Indonésia, do Sri Lanka, da Tailândia e da Malásia em dezembro. Mas nenhuma onda gigante se formou.
O epicentro do terremoto de anteontem foi bem próximo ao de de dezembro, que registrou 9 graus na escala Richter, resultando na morte ou no desaparecimento de 300 mil pessoas.
Os esforços para o resgate de vítimas na ilha de Nias foram dificultados porque a única pista de pouso rachou em conseqüência do terremoto. Apenas na noite de ontem os primeiros aviões conseguiram aterrissar na ilha.
Funcionários da organização humanitária Oxfam disseram que as estradas da ilha estão destruídas. Muitos corpos ainda estavam sendo retirados dos escombros.
A ilha de Nias se localiza a 1.400 km a noroeste de Jacarta, capital da Indonésia, e tem cerca de 700 mil habitantes.