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São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2003

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PANORÂMICA

CUBA

Acusado de se omitir sobre Cuba, García Márquez diz que ajuda dissidentes
Acusado pela escritora americana Susan Sontag de ter se omitido diante da execução de três cubanos que tentaram fugir para os EUA, o escritor colombiano Gabriel García Márquez se disse contra a pena de morte, mas evitou criticar Fidel Castro.
Em declarações ao diário "El Tiempo", de Bogotá, o Nobel de Literatura disse que não responderia a "questões desnecessárias e provocativas", ainda que vindas de alguém "tão respeitável".
Sontag fez a acusação em Bogotá, anteontem, na Feira Internacional do Livro. "García Márquez é muito apreciado, e eu o admiro muito, mas é imperdoável que não tenha se pronunciado diante das medidas do regime cubano." Foi aplaudida.
O escritor colombiano sempre foi aliado do ditador. Outros escritores, como José Saramago e Eduardo Galeano, tradicionais defensores de Fidel, já condenaram a repressão cubana.
García Márquez, no entanto, afirmou já ter ajudado muitos dissidentes a sair da ilha. "Eu mesmo não poderia calcular a quantidade de presos e de conspiradores que tenho ajudado, em absoluto silêncio, a sair da prisão ou a emigrar de Cuba", declarou ele ao "El Tiempo".
Em relação às execuções em Cuba, respondeu de forma genérica: "Sobre a pena de morte, nada tenho a acrescentar ao que tenho dito desde que me lembro: sou contra ela em qualquer lugar, motivo ou circunstância".


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