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EUA-AMÉRICA LATINA
Cuba não tem de fazer gestos de concessão aos EUA, diz Raúl
DA REDAÇÃO
Não cabe a Cuba fazer
"gestos" favoráveis aos EUA,
disse ontem o dirigente máximo do país, Raúl Castro,
agregando que as mudanças
aprovadas por Barack Obama em relação à ilha foram
"positivas, mas mínimas".
Foi o primeiro comentário
direto do líder cubano sobre
o recente pedido de Obama
por um "gesto" de boa-fé do
regime para avançar na distensão das relações bilaterais. Mas Raúl também reiterou sua disposição em discutir "tudo", em "igualdade de condições", mas sem negociar sua "soberania".
No dia 13, o governo americano levantou as restrições
para que familiares de cubanos vivendo nos EUA possam viajar a Cuba e enviar dinheiro ou suprimentos ao
país. Empresas americanas
também poderão implantar
serviços de comunicação na
ilha. Mas o embargo comercial de 47 anos foi mantido.
"Cuba não impôs sanção
nenhuma aos EUA ou a seus
cidadãos. Não é Cuba que
tem que fazer gestos", disse
Raúl Castro, no discurso de
abertura da reunião do Movimento dos Países Não Alinhados (grupo que nasceu na
Guerra Fria reunindo nações
supostamente neutras).
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA,
Robert Wood, respondeu:
"Acho que a comunidade internacional quer ver passos
de Havana, para avaliar a seriedade desse governo quanto ao diálogo".
O secretário de Estado assistente para a América Latina, Thomas Shannon, que se
reuniu recentemente com
Jorge Bolaños, chefe da Seção de Interesses de Havana
em Washington, disse que os
encontros continuarão.
Com agências internacionais
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