São Paulo, quinta-feira, 30 de abril de 2009

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EUA-AMÉRICA LATINA

Cuba não tem de fazer gestos de concessão aos EUA, diz Raúl

DA REDAÇÃO

Não cabe a Cuba fazer "gestos" favoráveis aos EUA, disse ontem o dirigente máximo do país, Raúl Castro, agregando que as mudanças aprovadas por Barack Obama em relação à ilha foram "positivas, mas mínimas".
Foi o primeiro comentário direto do líder cubano sobre o recente pedido de Obama por um "gesto" de boa-fé do regime para avançar na distensão das relações bilaterais. Mas Raúl também reiterou sua disposição em discutir "tudo", em "igualdade de condições", mas sem negociar sua "soberania".
No dia 13, o governo americano levantou as restrições para que familiares de cubanos vivendo nos EUA possam viajar a Cuba e enviar dinheiro ou suprimentos ao país. Empresas americanas também poderão implantar serviços de comunicação na ilha. Mas o embargo comercial de 47 anos foi mantido.
"Cuba não impôs sanção nenhuma aos EUA ou a seus cidadãos. Não é Cuba que tem que fazer gestos", disse Raúl Castro, no discurso de abertura da reunião do Movimento dos Países Não Alinhados (grupo que nasceu na Guerra Fria reunindo nações supostamente neutras).
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Robert Wood, respondeu: "Acho que a comunidade internacional quer ver passos de Havana, para avaliar a seriedade desse governo quanto ao diálogo".
O secretário de Estado assistente para a América Latina, Thomas Shannon, que se reuniu recentemente com Jorge Bolaños, chefe da Seção de Interesses de Havana em Washington, disse que os encontros continuarão.

Com agências internacionais



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