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ISRAEL
Premiê enfrenta general, que queria forte ação após atentados palestinos
Sharon resiste a pressão e não retalia
DA REDAÇÃO
O premiê israelense, Ariel Sharon, resistiu ontem a pressões para que lançasse nova operação militar de grande porte nos territórios palestinos em retaliação à
onda de atentados suicidas contra civis do país.
Segundo relatos de presentes na reunião de gabinete de ontem,
Sharon teria se indisposto com o comandante das Forças Armadas,
general Shaul Mofaz, que sugeriu uma reocupação militar da Cisjordânia e o envio do líder palestino Iasser Arafat ao exílio.
Entre segunda e terça-feira, pelo
menos seis israelenses morreram
em ataques das Brigadas do Mártires de Al Aqsa, grupo ligado ao
Fatah, partido de Arafat.
Soldados prenderam ontem em
Belém mulher-bomba que, a caminho de Rishon Letzion, teria
desistido da ação. Duas cargas explosivas também foram encontradas antes de explodir na colônia de Dugit, na faixa de Gaza.
A violência dos extremistas palestinos reduzem as chances de
um retorno ao diálogo de paz.
EUA e União Européia (UE) tentam relançar as negociações.
O subsecretário de Estado dos
EUA William Burns chegou ontem ao Cairo e deve visitar Israel e
os territórios palestinos. O responsável pela política externa da
UE, Javier Solana, também está
no Oriente Médio. O presidente
dos EUA, George W. Bush, receberá o egípcio, Hosni Mubarak,
em Camp David. Eles tentam convencer Israel e o mundo árabe a
participar de uma conferência de paz para encerrar o conflito, que
já dura 20 meses.
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