São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002

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ISRAEL

Premiê enfrenta general, que queria forte ação após atentados palestinos

Sharon resiste a pressão e não retalia

DA REDAÇÃO

O premiê israelense, Ariel Sharon, resistiu ontem a pressões para que lançasse nova operação militar de grande porte nos territórios palestinos em retaliação à onda de atentados suicidas contra civis do país.
Segundo relatos de presentes na reunião de gabinete de ontem, Sharon teria se indisposto com o comandante das Forças Armadas, general Shaul Mofaz, que sugeriu uma reocupação militar da Cisjordânia e o envio do líder palestino Iasser Arafat ao exílio.
Entre segunda e terça-feira, pelo menos seis israelenses morreram em ataques das Brigadas do Mártires de Al Aqsa, grupo ligado ao Fatah, partido de Arafat.
Soldados prenderam ontem em Belém mulher-bomba que, a caminho de Rishon Letzion, teria desistido da ação. Duas cargas explosivas também foram encontradas antes de explodir na colônia de Dugit, na faixa de Gaza.
A violência dos extremistas palestinos reduzem as chances de um retorno ao diálogo de paz. EUA e União Européia (UE) tentam relançar as negociações.
O subsecretário de Estado dos EUA William Burns chegou ontem ao Cairo e deve visitar Israel e os territórios palestinos. O responsável pela política externa da UE, Javier Solana, também está no Oriente Médio. O presidente dos EUA, George W. Bush, receberá o egípcio, Hosni Mubarak, em Camp David. Eles tentam convencer Israel e o mundo árabe a participar de uma conferência de paz para encerrar o conflito, que já dura 20 meses.



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