DE BUENOS AIRES

Os argentinos estão otimistas com o futuro e com o novo governo do país. Pesquisa realizada pela consultoria OPSM/Zuleta Puceiro e divulgada ontem pelo jornal "Página 12" mostra que 83,5% dos entrevistados esperam melhora na economia e nas condições de vida.
A popularidade do presidente Néstor Kirchner, que, na semana passada, completou um mês de mandato, também continua em alta. Dos entrevistados, 83,9% apontam como boa ou muito boa a gestão do presidente peronista até agora. Apenas 0,2% acha a administração Kirchner muito ruim.
Em outra pergunta, sobre a situação atual do país, 21,1% dos entrevistados disseram que ela é boa. Já para 49,9%, a situação é regular. Outros 19,9% avaliam como ruim a situação atual da Argentina, enquanto 4,9% a consideram muito ruim. Para 1,1%, ela é muito boa.
Segundo Enrique Zuleta Puceiro, responsável pela pesquisa, Kirchner "já deixou para trás uma espécie de lua-de-mel inicial, um cheque em branco das primeiras semanas de governo, voltando-se para sua orientação, seus valores e sua política".
A imagem do ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, também melhorou. O percentual de pessoas que acham a sua administração boa passou de 57,9% para 63,8%. A pesquisa ouviu 1.100 pessoas maiores de 18 anos em 65 cidades do país. Os resultados têm uma margem de erro de 2,95%.

Judiciário
Um outro levantamento, realizado pela consultoria Ipsos-Mora y Araujo, mostra que 88% dos argentinos apóiam a recente ofensiva contra os ministros da Suprema Corte do país. As denúncias resultaram no pedido de renúncia do presidente da corte, Julio Nazareno, na última sexta-feira.
Kirchner quer reformular as indicações para o Supremo, tornando-as mais profissionais, e não indicação pessoal do presidente.