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Insurgência faz Pentágono convocar 5.000 reservistas
DA ASSOCIATED PRESS
Sentindo o peso das suas operações no Iraque e Afeganistão, o
Exército americano vai convocar
de volta à ativa cerca de 5.600 pessoas que deixaram o serviço militar recentemente e ainda têm
obrigações como reservistas.
Em um novo indício da pressão
que a insurgência no Iraque vem
exercendo sobre as Forças Armadas, autoridades do Exército
anunciaram ontem que as convocações de não-voluntários irão de
julho a dezembro. É a primeira
vez que esse tipo de reservista é
usado de maneira significativa
desde a Guerra do Golfo (1991).
Diferentemente dos integrantes
da Guarda Nacional e da Reserva
Nacional, os reservistas da chamada Reserva Individual não passam por treinamento regular. O
Exército está convocando reservistas que deixaram o serviço militar ativo recentemente, com
qualificações mais atualizadas.
""Isso era inevitável quando ficou claro que teríamos que manter forças de combate significativas no Iraque por um período de
anos", disse Dan Goure, analista
militar do Instituto Lexington.
O Exército está procurando reservistas que possuam qualificações em falta, como especialistas
médicos, policiais militares, engenheiros, especialistas em transportes e em logística. Os selecionados receberão um aviso prévio
com prazo de pelo menos 30 dias
para se apresentarem.
A escassez de mão-de-obra no
Exército é tão grande que, em
abril, foi quebrada a promessa feita a algumas unidades da ativa de
que não teriam que servir mais de
um ano no Iraque. Além disso, o
Exército estendeu o tempo de serviço de outras unidades, incluindo algumas no Afeganistão. ""Isso
é reflexo do fato de que o contingente militar americano em serviço ativo é pequeno demais para os
desafios que enfrentamos", ponderou Dan Goure.
A não ser que consigam isenção
com base em restrições médicas
ou outras, os reconvocados serão
encaminhados a unidades da Reserva do Exército e da Guarda Nacional que foram ou serão em breve mobilizados para o Iraque ou o
Afeganistão.
O Pentágono esperava reduzir
as tropas americanas no Iraque
para cerca de 105 mil militares
nesta época, mas, em função da
resistência cada vez mais eficiente
e mortífera, esse número subiu
para cerca de 140 mil militares.
Oficiais militares disseram que
pode ser preciso manter esse nível
por pelo menos mais um ou dois
anos, e esse contingente não pode
ser mantido unicamente com a
força ativa.
Pelo menos um terço da força
norte-americana no Iraque é
composta de reservistas, e, este
mês, quase metade de todos os
militares mortos em combate foram reservistas.
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