DA REDAÇÃO

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, possui hoje o menor nível de aprovação -42%- desde o início de seu mandato (janeiro de 2001), segundo pesquisa do jornal "The New York Times" e da TV CBS. A Guerra do Iraque é responsabilizada pelo baixo desempenho.
Segundo o levantamento, 51% desaprovam a atuação do presidente. Ele também apontou que 40% dos americanos dizem não ter opinião sobre o virtual candidato democrata nas eleições presidenciais de novembro, o senador John Kerry, apesar da forte e cara campanha publicitária, que já consumiu US$ 60 milhões em propaganda na TV nos últimos três meses.
De acordo com os pesquisadores, dificilmente um presidente que, nesta altura do ano, tem um nível de aprovação menor que 50% consegue se reeleger.
No entanto, Kerry parece não conseguir traduzir as dificuldades enfrentadas por Bush em vantagem eleitoral. Em uma disputa entre os dois candidatos, Kerry teria o apoio de 45% dos eleitores registrados. Bush teria 44%. Com o independente Ralph Nader na disputa, ele leva 5% dos votos, deixando Kerry com 42% e o presidente com 43%. Nos dois cenários há empate estatístico.
A Guerra do Iraque, de acordo com a pesquisa, foi a questão mais decisiva do mandato de Bush e a que parece ter mais influência sobre a opinião dos eleitores.
O levantamento mostra que cerca de 60% dos entrevistados desaprovam a política americana para o Iraque, e 50% desaprovam a política externa de Bush -também os níveis mais altos de reprovação nessas questões durante o seu mandato. Já 60% afirmaram que a guerra não valeu a pena.
De acordo com os entrevistados, o efeito da política americana para aquele país do Oriente Médio é incitar os terroristas e aumentar as chances de os Estados Unidos sofrerem um novo atentado. As preocupações com a guerra tem enfraquecido uma das mais fortes bandeiras do candidato republicano, a "guerra contra o terrorismo" -apenas 52% dos americanos agora declaram aprovar a maneira como Bush tem conduzido a questão, enquanto 90% tinham a mesma opinião em dezembro de 2001, três meses após o 11 de Setembro.
A pesquisa entrevistou, por telefone, 1.053 americanos -incluindo 875 eleitores registrados-, entre os últimos dias 23 e 27 de junho. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.