São Paulo, Sexta-feira, 30 de Julho de 1999
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RESPOSTA NEGATIVA
Presidente Menem havia feito pedido em julho
Otan nega pedido de entrada da Argentina na aliança militar

ANDRÉ SOLIANI
de Buenos Aires

A Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) vetou a entrada da Argentina como membro-associado da aliança militar ocidental liderada pelos EUA.
Segundo a Presidência argentina, o secretário-geral da Otan, Javier Solana, afirmou que não era possível admitir o país, pois ele está no Hemisfério Sul.
No último dia 8 de julho, o presidente argentino, Carlos Menem, havia enviado uma carta ao presidente dos EUA, Bill Clinton, e à Otan pedindo a integração da Argentina na aliança. Atualmente, a Argentina é aliada "extra-Otan" dos EUA. Esse status garante que a Argentina terá apoio militar, caso seja agredida por um país que não faça parte da Otan.
Na semana passada, dentro de sua política de alinhamento com os EUA, a Argentina enviou 150 soldados para participar das forças de paz em Kosovo, lideradas pela Otan.
O pedido de Menem à aliança militar casou mal-estar junto à diplomacia brasileira. Um dia depois da carta de Menem, o Brasil enviou um comunicado duro ao governo argentino.
O documento brasileiro afirmava que a integração da Argentina na Otan "teria consequências de natureza política e militar, que seriam analisadas em todos os seus aspectos".
Na ocasião, a diplomacia brasileira reclamou que a decisão Argentina não foi discutida com os demais membros do Mercosul.
A Presidência argentina aproveitou o anúncio sobre a Otan para reafirmar que o país não tem nenhum plano de intervir no conflito militar da Colômbia.



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