|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRAGÉDIA NO ÁRTICO
Ogiva de torpedo teria sido detonada
Submarino espião dos EUA gravou explosões no Kursk, dizem oficiais
STEVEN LEE MYERS
CHRISTOPHER DREW
DO "THE NEW YORK TIMES"
Seis dias depois do acidente do
Kursk, outro submarino atracou
sem alarde num porto da Noruega, levando alguns dos sinais mais
detalhados disponíveis até agora
do motivo pelo qual o submarino
russo afundou no mar de Barents.
O outro submarino era o Memphis, que estava espionando o
maior exercício naval russo em
anos quando ocorreu o desastre,
em 12 de agosto.
Quando o Memphis aportou na
Noruega, autoridades russas já
haviam dito que a causa provável
do afundamento do Kursk tinha
sido uma colisão com um submarino estrangeiro ou uma mina da
2ª Guerra. A Rússia chegou a divulgar que um submarino danificado tinha chegado ao porto.
O Pentágono afirma que a causa
mais provável do afundamento
do Kursk foi um disparo acidental
de um de seus próprios torpedos,
descartando a tese de colisão, especialmente com o Memphis.
Na Noruega, o Memphis descarregou fitas de sonar e outras
gravações que, segundo os norte-americanos, captaram duas explosões que afundaram o Kursk,
matando as 118 pessoas a bordo.
Embora os norte-americanos já
tivessem uma boa idéia do que
acontecera ao Kursk desde o primeiro momento, foi apenas depois de o Memphis chegar com
suas gravações, em 18 de agosto,
que Washington começou a divulgar a teoria do disparo equivocado do torpedo como causa.
"Temos submarinos que ouvem tudo o que acontece", disse
um alto oficial em Washington.
"Está bastante claro para nós o
que realmente aconteceu."
De acordo com a teoria norte-americana, um torpedo impelido
por foguete que estava sendo carregado ou lançado como parte de
um exercício disparou na hora errada, provocando a explosão de
seu motor ou de seu combustível.
Sempre segundo essa teoria, depois de 2 minutos e 15 segundos,
uma explosão da ogiva do torpedo abriu um rombo na proa.
Quando o Kursk afundou, o governo dos EUA tomou conhecimento do acidente em questão de
horas. Os navios norte-americanos não haviam detectado nenhum som de colisão.
Tradução de Clara Allain
Texto Anterior: Alemanha: Igreja indeniza trabalhador forçado na 2ª Guerra Próximo Texto: Multimídia - The Times - de Londres: Mãe que tomou injeção dá versão Índice
|