São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2008

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Futuro do líder georgiano está em discussão

DO "LE MONDE"

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, já é objeto de críticas internas que, se intensificadas, podem comprometer seu futuro político. "Os russos não são os únicos responsáveis pelo que aconteceu. Saakashvili fracassou em sua obrigação de evitar essa guerra desastrosa", diz a líder do partido de oposição Por Uma Geórgia Unida, Eka Besselia.
Segundo ela, estão sendo estudadas algumas opções, inclusive uma campanha por eleições antecipadas, "já que não imaginamos que Saakashvili continue a governar, depois de nos ter mergulhado nessa crise profunda".
Ela se referia ao fato de a Geórgia ter iniciado a guerra, ao tentar retomar pela força a Ossétia do Sul.
A dirigente disse, no entanto, que por enquanto será respeitada "uma moratória nos confrontos políticos internos", até que os militares russos deixem o país.
Outros oposicionistas sugerem manifestações semelhantes às de 2007, quando Saakashvili foi obrigado a declarar estado de emergência e a convocar eleições presidenciais antecipadas, reelegendo-se no primeiro turno.
Dentro do situacionismo, o nome forte seria o de Nino Bourjanadze, que antes da guerra se demitiu da Presidência do Parlamento em razão de "erros cometidos pelo governo". Ela foi por duas vezes chefe de Estado interina e dirige uma fundação respeitada por políticos de todas as tendências.
Saakashvili foi eleito em 2003, prometendo que seu país "seria reunificado". Ele o conseguiu ao menos com relação à Adjária, região autônoma muçulmana no sul.


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