São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 2002

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Mais de 320 crianças morreram na Intifada

DA REDAÇÃO

Mais de 250 crianças palestinas e 72 crianças israelenses foram mortas nos dois anos de Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense). É o que diz o detalhado relatório "Matando o Futuro: Crianças na Linha de Fogo", divulgado pela Anistia Internacional.
Esse número representa cerca de 15% do total de ao menos 2.173 mortos no confronto.
"Mais do que nunca, as crianças estão sofrendo o impacto do conflito. Tanto o Exército israelense quanto os grupos armados palestinos têm demonstrado uma grande negligência em relação à vida de crianças e dos demais civis", afirma o documento.
"O respeito pela vida humana deve ser restabelecido. Apenas um novo entendimento entre israelenses e palestinos poderá evitar a morte de mais crianças."
O relatório afirma que "a impunidade das tropas israelenses e das milícias palestinas responsáveis pela morte de menores tem sem dúvida ajudado a criar uma situação em que a vida de crianças e civis, de ambos os lados, tem pouco ou nenhum valor".
De acordo com o documento da Anistia Internacional, a maioria das crianças foi morta nos territórios palestinos ocupados por Israel, "onde os militares israelenses responderam a protestos e a pedradas dos palestinos com um uso ilegítimo e excessivo de forças letais".
O relatório registra que 80 crianças foram mortas nos primeiros três meses da atual Intifada, iniciada em setembro de 2000. "O grande número de crianças mortas e as circunstâncias em que foram mortas indicam o pouco ou nenhum cuidado dos militares de Israel."
Quanto às vítimas infantis do lado israelense, o relatório diz que "cerca de 70% das vítimas foram mortas por atentados suicidas [palestinos"".


Com agências internacionais


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