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MUNDO ÁRABE
Revolta começou em 92; projeto é criticado
Plano para encerrar guerra civil é submetido a plebiscito na Argélia
DA REDAÇÃO
Os argelinos participaram ontem de um plebiscito sobre um
plano de paz que o governo afirma que ajudará o país a pôr fim a
13 anos de uma brutal insurgência
islâmica, que provocou estimados
150 mil mortos. Mas críticos do
governo argelino afirmam que a
consulta popular só servirá para
perdoar crimes do passado.
Mais de 18 milhões de eleitores
tinham o direito de comparecer
às urnas ontem na Argélia, um
país rico em petróleo e em gás natural que vai da costa do mar Mediterrâneo ao deserto do Saara e é
um aliado dos EUA na guerra ao
terrorismo global.
Os primeiros resultados da votação deveriam ser divulgados na
noite de ontem, após 12 horas de
votação. Os eleitores tiveram de
responder a uma só questão: se
aprovam ou não a adoção da Carta para a Paz e a Reconciliação Nacional, proposta pelo governo.
O presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, "vendeu" a Carta
como uma oportunidade para curar feridas dos últimos 13 anos,
nos quais a Argélia se viu mergulhada num ambiente de violência
e de atrocidades.
A insurgência islâmica teve início, em 1992, porque, no início da
década passada, um partido islâmico venceu eleições legislativas
que lhe dariam controle sobre o
Parlamento do país, porém seus
eleitos não puderam assumir o
poder porque foram impedidos
pelo governo do predecessor de
Bouteflika, que era apoiado pelas
Forças Armadas.
Pesquisas indicavam que a proposta do governo seria aceita pela
maioria da população.
Com agências internacionais
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