São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2005

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MUNDO ÁRABE

Revolta começou em 92; projeto é criticado

Plano para encerrar guerra civil é submetido a plebiscito na Argélia

DA REDAÇÃO

Os argelinos participaram ontem de um plebiscito sobre um plano de paz que o governo afirma que ajudará o país a pôr fim a 13 anos de uma brutal insurgência islâmica, que provocou estimados 150 mil mortos. Mas críticos do governo argelino afirmam que a consulta popular só servirá para perdoar crimes do passado.
Mais de 18 milhões de eleitores tinham o direito de comparecer às urnas ontem na Argélia, um país rico em petróleo e em gás natural que vai da costa do mar Mediterrâneo ao deserto do Saara e é um aliado dos EUA na guerra ao terrorismo global.
Os primeiros resultados da votação deveriam ser divulgados na noite de ontem, após 12 horas de votação. Os eleitores tiveram de responder a uma só questão: se aprovam ou não a adoção da Carta para a Paz e a Reconciliação Nacional, proposta pelo governo.
O presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, "vendeu" a Carta como uma oportunidade para curar feridas dos últimos 13 anos, nos quais a Argélia se viu mergulhada num ambiente de violência e de atrocidades.
A insurgência islâmica teve início, em 1992, porque, no início da década passada, um partido islâmico venceu eleições legislativas que lhe dariam controle sobre o Parlamento do país, porém seus eleitos não puderam assumir o poder porque foram impedidos pelo governo do predecessor de Bouteflika, que era apoiado pelas Forças Armadas.
Pesquisas indicavam que a proposta do governo seria aceita pela maioria da população.


Com agências internacionais

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