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Guerra exigirá
aliança, afirma
Tony Blair a FHC
MARCELO STAROBINAS
DE LONDRES
A campanha militar contra o
terrorismo, iniciada no Afeganistão, será longa e necessitará de
uma extensa rede de alianças internacionais para sustentá-la. Essas foram as principais idéias sobre o assunto expressadas pelo
premiê britânico, Tony Blair, em
conversa com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Devemos estar preparados para uma luta prolongada", declarou ontem FHC, que ao longo das
18 horas em que permaneceu no
Reino Unido, entre domingo e
ontem, pôde notar alguns sinais
de um país em guerra.
Ao chegar anteontem à base aérea de Brize Norton, pertencente à
Força Aérea britânica, FHC e sua
comitiva puderam ver o desembarque de tropas que retornavam
de exercícios militares em Omã.
Algumas não voltaram para casa
-estão a bordo de porta-aviões à
espera de ordens para organizar
ações por terra no Afeganistão.
O presidente brasileiro também
viu a segurança reforçada na residência de campo governamental
de Chequers, situada próximo à
cidade de Aylesbury (uma hora
de carro a noroeste de Londres).
No portão, visitantes que se
aproximavam eram mantidos sob
a mira das metralhadoras dos soldados, que pediam identificação
sem baixar as armas nem tirar o
dedo do gatilho.
"O terrorismo não é algo que
pode ser resolvido no isolamento,
é preciso alianças", disse FHC, relatando a conversa com Blair e
com o ex-presidente americano
Bill Clinton. "É preciso que essas
alianças sejam entendidas de maneira mais estável, ou seja, é preciso dar mais acesso aos processos
decisórios a vários países, entre os
quais o Brasil."
FHC e sua mulher, Ruth Cardoso, mudaram os planos de sua
viagem à Europa após convite de
Blair. Eles visitariam apenas a Espanha e a França -onde o presidente chegou ontem- mas aceitaram o convite e se dirigiram ao
Reino Unido.
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