São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2001

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SEGURANÇA

Suposto terrorista entrou no país como estudante; governo cria força-tarefa antiterror

Bush quer limitar visto para estudantes

DA ASSOCIATED PRESS

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, quer aumentar as restrições na emissão de vistos para estudantes, em mais uma medida para tentar impedir a entrada de pessoas envolvidas com atividades terroristas no território americano.
O presidente se dirigiu a assessores para pedir que estudem maneiras para melhorar o sistema e aumentar o rigor no fornecimento de vistos para estudantes estrangeiros.
"Iremos endurecer nossa política de vistos", disse Bush em reunião com assessores da área de segurança. "Isso não quer dizer que impediremos as pessoas de entrar em nosso país", afirmou ele.
O presidente acrescentou que "nunca os Estados Unidos imaginaram que pessoas pudessem tirar proveito da generosidade do país para cometer atentados".
Um dos 19 supostos sequestradores dos aviões utilizados nos atentados de 11 de setembro entrou nos Estados Unidos legalmente, com um visto de estudante comum, semelhante a outros 600 mil que são emitidos para estudantes todos os anos.

Moratória
Alguns legisladores propuseram uma espécie de moratória de seis meses sem emissão de novos vistos de estudante até o novo sistema ser implementado. Bush quase aceitou a proposta.
O presidente busca assegurar que o governo seja mais atento na hora de examinar os pedidos de visto de estrangeiros que pretendam estudar em universidades americanas.
Bush também criou uma força-tarefa para coordenar os esforços do governo para manter as pessoas ligadas a atividades terroristas fora do país. "E é preciso localizar, prender, perseguir e deportar grupos ligados ao terror que já vivam aqui", disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.

Alerta
"O país deve ficar em alerta", disse o presidente. "Nossos inimigos ainda nos odeiam."
Tom Ridge, secretário da Segurança Interna dos EUA, afirmou que o secretário de Justiça do país, Jonh Ashcroft, comandará a força-tarefa e observará todos os pontos ligados ao acesso dos estrangeiros ao território dos Estados Unidos.
"A função da força-tarefa será examinar todas as opções, todas as políticas e procedimentos relacionados ao acesso de não-cidadãos a esse país", disse o secretário da Segurança Interna. "Um ponto de acesso se torna um ponto de vulnerabilidade", acrescentou Ridge.
Fleischer não forneceu maiores detalhes sobre a força-tarefa, nem disse quais agências governamentais trabalhariam com ela. Mas as agências envolvidas, segundo ele, "trabalharão conjuntamente para localizar estrangeiros que estejam ligados a atividades terroristas".
"Obviamente pessoas entraram aqui e cometeram os crimes. Essa é uma lição que devemos aprender", disse Fleischer.


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