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Polícia enfrenta manifestantes no México
Forças federais entraram em Oaxaca, no sul do país, para dispersar protestos contra o governo estadual
Daniel Aguilar/Reuters
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Forças federais ocupam entrada da cidade de Oaxaca, onde uma greve de professores se transformou em protesto generalizado
DA REDAÇÃO
Forças federais com rifles e
escudos protetores e apoiadas
por helicópteros começaram
ontem a avançar na cidade turística de Oaxaca, no sul do México, para retirar barricadas erguidas com pneus queimados e
toras de árvores por opositores
ao governo do Estado.
Flanqueados por veículos armados, canhões de água, buldôzeres e helicópteros no ar, policiais enfrentaram um grupo de
manifestantes que os xingava e
atirava pedras.
Na entrada da cidade, cerca
de 400 moradores e opositores
ao governo de Ulises Ruiz ironizaram a chegada das forças
federais, oferecendo flores. Outros moradores saíram de suas
casas para saudar e agitar bandeiras brancas, enquanto os policiais passavam retirando ônibus, trailers e outros detritos
usados para bloquear a cidade.
Em outra parte de Oaxaca,
houve resistência. Um ônibus
que barrava uma importante
via de acesso teve suas janelas
quebradas. A polícia usou canhões de água para conter manifestantes em várias áreas da
cidade. Enquanto forças federais se aproximavam da praça
central, ativistas incendiavam
carros e ateavam fogo a barricadas de madeira.
Um grupo acenou com bandeiras brancas. Vários ergueram as mãos para mostrar que
estavam desarmados. "Essa é
culpa de um homem só, Ulises
Ruiz", disse o professor Carlos
Como, 39.
Uma greve de professores
iniciada em maio desencadeou
o caos em Oaxaca. A revolta se
espalhou e acabou unindo indígenas, desempregados, sindicalistas e até grupos guerrilheiros
pedindo a renúncia do governador do Estado e o pobreza regional.
Fim de mandato
Oaxaca é agora uma das principais preocupações do presidente Vicente Fox, que está
sendo pressionado pelo governador do Estado e por comerciantes locais para pôr fim aos
protestos.
Apesar de resistir a vários pedidos de envio de forças federais ao Estado, Fox acabou cedendo anteontem, após a morte de um documentarista norte-americano e de dois mexicanos na sexta-feira. O presidente
prometeu acabar com a crise
antes de entregar a Presidência
a Felipe Calderón, em 1º de dezembro.
Com agências internacionais
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