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IRAQUE SOB TUTELA
Chanceler britânico diz que Comissão Eleitoral não quer adiar pleito para não dar impressão de recuo
Londres acha "difícil" eleição iraquiana ocorrer em janeiro
DA REDAÇÃO
O chanceler britânico, Jack
Straw, disse ontem no Parlamento que "será difícil" realizar as
eleições legislativas do Iraque na
data marcada -30 de janeiro.
Straw acrescentou que políticos
e a Comissão Eleitoral do país não
estão dispostos a adiar o pleito em
razão da insegurança. Segundo o
chanceler, eles preferem "respeitar a data a dar a impressão de estarem cedendo".
Em Washington, o secretário de
Estado americano demissionário,
Colin Powell, disse que não há razões para duvidar da realização
das eleições em janeiro: "Estamos
trabalhando duro. A ONU aumentou a sua presença. Há milhares de iraquianos trabalhando no
registro de eleitores. Estamos encorajando todas as partes a participar do processo político, especialmente na região sunita".
Cerca de duas dezenas de partidos e grupos políticos do Iraque
-a maioria sunitas- assinaram
na semana passada um pedido de
adiamento das eleições por até
seis meses. Já os xiitas, que são
60% da população do Iraque, não
querem adiar o pleito, pois confiam que chegarão ao poder por
meio da vitória eleitoral. Apesar
de majoritários, os xiitas foram
oprimidos durante o regime ditatorial do sunita Saddam Hussein.
A Embaixada do Reino Unido
em Bagdá proibiu seus funcionários de transitarem pela estrada
que liga a capital ao aeroporto internacional. "Instamos a todos cidadãos britânicos no Iraque a
considerar se sua presença no
país é essencial neste momento",
afirmou nota do governo.
A violência prosseguiu ontem
no Iraque com a explosão de um
carro-bomba no norte do país. De
acordo com diferentes relatos das
agências de notícias, o número de
mortos ficou entre sete e 12 policiais e militares iraquianos. O
atentado aconteceu em Baghdadi,
195 km a noroeste de Bagdá.
Dois soldados dos EUA morreram e três ficaram feridos quando
uma bomba explodiu durante a
passagem de um comboio militar
na região noroeste de Bagdá. A rede de TV Al Jazira disse que nove
insurgentes foram mortos em
choques em Iskandariyah (sul).
Em Paris, o motorista sírio que
foi seqüestrado junto com dois
jornalistas franceses no final de
agosto disse ter confiança na libertação de Georges Malbrunot e
Christian Chesnot. "Estou otimista porque os seqüestradores não
nos maltrataram", afirmou Mohammed al Joundi.
A Anistia Internacional informou que entrou na Justiça americana com um pedido para que o
Departamento da Defesa informe
se as forças dos EUA usaram
equipamento para dar choques
elétricos em prisioneiros no Iraque e no Afeganistão.
Com agências internacionais
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