São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2006

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Comitê propõe congelar diálogo turco com a UE

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

Confirmando as ameaças feitas em seu último relatório, no começo do mês, a Comissão Européia, órgão da União Européia que lida com a expansão do bloco, recomendou ontem a suspensão parcial das negociações para o ingresso da Turquia.
A decisão se deve à negativa de Ancara em abrir seus portos a Chipre. O governo local, reconhecido pela comunidade internacional, ocupa a região sul da ilha, etnicamente grega. A Turquia é o único país que reconhece apenas o norte, etnicamente turco, e se nega a receber vôos e embarcações da comunidade rival.
O governo turco "ainda não implementou todas as obrigações acordadas", disse o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. O premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, qualificou a decisão de "inaceitável" e, após declarações conciliatórias, afirmou que seu país "não fará novas concessões".
A palavra final sobre o congelamento de oito dos 35 capítulos do processo de adesão será tomada pelos governantes europeus em reunião nos dias 14 e 15 de dezembro, em Bruxelas. A suspensão de alguns capítulos prejudica um processo que deveria ser concluído em pelo menos dez anos, e, ainda assim, sem que a UE garantisse a entrada da Turquia no bloco -mesmo que ela cumprisse todos os pontos.
"Reformas importantes aconteceram na Turquia, e a UE tem sido um veículo fundamental para garanti-las", afirmou Egemen Bagis, assessor de política externa do premiê turco. Ele fez um apelo para que as negociações prossigam.
O Reino Unido não queria dar à Turquia "um sinal negativo", diferentemente de França e Alemanha.


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