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Comitê propõe congelar diálogo turco com a UE
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
Confirmando as ameaças feitas em seu último
relatório, no começo do
mês, a Comissão Européia, órgão da União Européia que lida com a expansão do bloco, recomendou
ontem a suspensão parcial
das negociações para o ingresso da Turquia.
A decisão se deve à negativa de Ancara em abrir
seus portos a Chipre. O governo local, reconhecido
pela comunidade internacional, ocupa a região sul
da ilha, etnicamente grega.
A Turquia é o único país
que reconhece apenas o
norte, etnicamente turco,
e se nega a receber vôos e
embarcações da comunidade rival.
O governo turco "ainda
não implementou todas as
obrigações acordadas",
disse o presidente da Comissão Européia, José
Manuel Durão Barroso. O
premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, qualificou a
decisão de "inaceitável" e,
após declarações conciliatórias, afirmou que seu
país "não fará novas concessões".
A palavra final sobre o
congelamento de oito dos
35 capítulos do processo
de adesão será tomada pelos governantes europeus
em reunião nos dias 14 e 15
de dezembro, em Bruxelas. A suspensão de alguns
capítulos prejudica um
processo que deveria ser
concluído em pelo menos
dez anos, e, ainda assim,
sem que a UE garantisse a
entrada da Turquia no bloco -mesmo que ela cumprisse todos os pontos.
"Reformas importantes
aconteceram na Turquia, e
a UE tem sido um veículo
fundamental para garanti-las", afirmou Egemen Bagis, assessor de política externa do premiê turco. Ele
fez um apelo para que as
negociações prossigam.
O Reino Unido não queria dar à Turquia "um sinal
negativo", diferentemente
de França e Alemanha.
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