São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 2002

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ATAQUE AO IRAQUE

Informação é do "New York Times", mas árabes não confirmam

Sauditas devem ceder bases aos EUA

DA REDAÇÃO

A Arábia Saudita deverá permitir que os EUA utilizem suas bases aéreas e um importante centro de operações perto de Riad (capital) em uma possível guerra contra o Iraque, afirmou ontem o "New York Times" citando fontes militares do governo americano.
"Acredito firmemente que os sauditas irão nos fornecer toda a cooperação de que necessitamos", disse o general John P. Jumper, chefe de apoio da Força Aérea dos EUA.
O major Sandy Troeber, porta-voz do Pentágono, não confirmou a informação, mas disse que "a Arábia Saudita tem sido um forte aliado dos EUA e tem apoiado a luta contra o terrorismo".
Nenhuma autoridade da embaixada saudita em Washington estava disponível para confirmar a declaração de Jumper.
As relações entre os dois países ficaram estremecidas desde o 11 de setembro, pois vários dos terroristas envolvidos nos ataques eram de origem saudita.
Nos últimos meses, estrategistas militares americanos vêm buscando locais alternativos na região do Golfo no caso de uma eventual recusa da Arábia Saudita em ser a principal base para ataques norte-americanos contra o Iraque, como o fora durante a Guerra do Golfo, em 1991.
No mês passado, o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Saud al Faisal, disse que não iria conceder facilidades ao EUA para um eventual ataque ao Iraque. A afirmação entrou em choque com suas declarações anteriores, segundo as quais os EUA poderiam usar bases sauditas em caso de guerra contra o Iraque.
Em entrevista concedida ontem à emissora de TV NBC, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, afirmou que o presidente Bush ainda não tomou nenhuma decisão sobre o uso de força militar contra o Iraque, embora seu país esteja se preparando para aquilo que for necessário.

FBI busca árabes ilegais
O FBI (polícia federal americana) anunciou que está procurando cinco homens de origem árabe que teriam entrado nos EUA ilegalmente na semana passada.
As identidades dos cinco procurados, supostamente nascidos entre 1969 e 1983, foram divulgadas, mas a polícia disse não ter certeza de que os dados estejam corretos.
O FBI também não tem provas de que eles estejam ligados ao terrorismo, mas quer interrogá-los.


Com agências internacionais


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