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São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2003

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TRAGÉDIA

Até ontem 25 mil vítimas do terremoto já haviam sido enterradas; ajuda estrangeira divide regime iraniano

Irã acredita que mortos sejam 30 mil

DA REDAÇÃO

As autoridades iranianas avançaram ontem a previsão de 30 mil mortos no terremoto que destruiu na última sexta-feira a região em torno da cidade histórica de Bam, no sudoeste do país.
A previsão foi feita pelo governo da Província de Kerman, que engloba a área atingida. Segundo a agência Reuters, cerca de 25 mil cadáveres já foram sepultados. Anteontem um balanço provisório indicava 22 mil mortos. Agora, cálculos mais pessimistas indicam, segundo a Associated Press, que eles podem chegar a 40 mil.
Os escombros de Bam foram ontem visitados separadamente pelas duas maiores autoridades iranianas, o dirigente máximo religioso, aiatolá Ali Khamenei, que prometeu reconstruir a cidade, e o presidente da República islâmica, Mohammad Khatami.
Segundo a emissora britânica BBC, partidários dos dois dirigentes entraram em atrito após o terremoto, o que poderia justificar a falta de coordenação nos trabalhos de resgate e instruções contraditórias quanto ao papel das equipes estrangeiras.
Ontem, Khatami disse que todo auxílio seria bem-vindo, exceto o que tivesse por origem Israel. O Irã já havia rejeitado ajuda humanitária israelense em 1990, quando um outro terremoto matou 36 mil pessoas.
A presença de americanos entre as equipes estrangeiras rompe o isolamento que os EUA impõem ao Irã desde 1979. O regime iraniano manteve sequestrados diplomatas americanos no começo dos anos 80. O episódio formalizou a ruptura bilateral. George W. Bush inclui o Irã no chamado "eixo do mal".
Anteontem, um C-130 com ajuda chegou ao Irã, no primeiro vôo militar dos EUA desde a ruptura.


Com agências internacionais


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