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TRAGÉDIA
Até ontem 25 mil vítimas do terremoto já haviam sido enterradas; ajuda estrangeira divide regime iraniano
Irã acredita que mortos sejam 30 mil
DA REDAÇÃO
As autoridades iranianas avançaram ontem a previsão de 30 mil
mortos no terremoto que destruiu na última sexta-feira a região em torno da cidade histórica
de Bam, no sudoeste do país.
A previsão foi feita pelo governo
da Província de Kerman, que engloba a área atingida. Segundo a
agência Reuters, cerca de 25 mil
cadáveres já foram sepultados.
Anteontem um balanço provisório indicava 22 mil mortos. Agora,
cálculos mais pessimistas indicam, segundo a Associated Press,
que eles podem chegar a 40 mil.
Os escombros de Bam foram
ontem visitados separadamente
pelas duas maiores autoridades
iranianas, o dirigente máximo religioso, aiatolá Ali Khamenei, que
prometeu reconstruir a cidade, e
o presidente da República islâmica, Mohammad Khatami.
Segundo a emissora britânica
BBC, partidários dos dois dirigentes entraram em atrito após o terremoto, o que poderia justificar a
falta de coordenação nos trabalhos de resgate e instruções contraditórias quanto ao papel das
equipes estrangeiras.
Ontem, Khatami disse que todo
auxílio seria bem-vindo, exceto o
que tivesse por origem Israel. O
Irã já havia rejeitado ajuda humanitária israelense em 1990, quando um outro terremoto matou 36
mil pessoas.
A presença de americanos entre
as equipes estrangeiras rompe o
isolamento que os EUA impõem
ao Irã desde 1979. O regime iraniano manteve sequestrados diplomatas americanos no começo
dos anos 80. O episódio formalizou a ruptura bilateral. George W.
Bush inclui o Irã no chamado "eixo do mal".
Anteontem, um C-130 com ajuda chegou ao Irã, no primeiro vôo
militar dos EUA desde a ruptura.
Com agências internacionais
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