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Israel contesta jurisdição de corte internacional
DA REDAÇÃO
Israel formalmente contestou
ontem a jurisdição do Tribunal
Internacional de Justiça para decidir sobre a legalidade da barreira que o país constrói na Cisjordânia. EUA e Reino Unido divulgaram notas de apoio a Israel.
"Acreditamos que a corte não
deveria e não poderia lidar com
essa questão política, que precisa
ser tratada por meio de negociações diretas entre Israel e os palestinos", disse uma fonte do Ministério das Relações Exteriores.
Em 23 de fevereiro, o Tribunal
Internacional de Justiça, corte da
ONU sediada em Haia (Holanda),
começará a deliberar, a pedido da
Assembléia Geral da ONU, sobre
a legalidade da barreira, que, segundo os planos israelenses, terá
cerca de 750 km.
A barreira, que já foi concluída
em cerca de um terço, separa Israel da Cisjordânia, ocupada em
1967. Em alguns locais, penetra
em território palestino para proteger assentamentos judaicos.
Segundo os palestinos, a barreira é ilegal porque está sendo construída sobre território ocupado e
inviabiliza a formação de um futuro Estado palestino.
Para Israel, ela é fundamental
para proteger o país de atentados.
Os homens-bomba palestinos
partem da Cisjordânia para atacar
cidades israelenses.
Anteontem, um policial palestino se explodiu num ônibus em Jerusalém, matando dez pessoas.
Ontem, o Exército israelense invadiu Belém, onde vivia o policial,
e demoliu a casa de sua família.
A Chancelaria israelense divulgou em seu site um vídeo com
imagens feitas imediatamente
após o atentado, mostrando corpos mutilados. "Nossa mensagem
é simples: se houvesse uma barreira, isso não teria acontecido",
disse uma fonte da Chancelaria.
Ontem, Israel criticou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan,
por divulgar uma nota que não
incluía uma condenação expressa
ao atentado de Jerusalém.
Na nota, Annan condenou a
violência e o terror e pediu a retomada das negociações de paz.
Com agências internacionais
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