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"EIXO DO MAL"
Conselho de Segurança exige fim de plano de enriquecimento de urânio
Irã não aceita determinação da ONU
DA REDAÇÃO
O governo iraniano se negou a
acatar as exigências do Conselho
de Segurança da ONU, que anteontem deu um prazo de 30 dias
para que o país suspenda qualquer atividade de enriquecimento
de urânio.
"A decisão sobre o enriquecimento de urânio é irreversível",
afirmou o embaixador iraniano
junto a Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA), Aliasghar Soltanieh. Antes, o embaixador do país na ONU, Javad Zariff,
já havia afirmado: "Jamais comprometeremos nem cederemos
nosso direito inato".
O ministro alemão das Relações
Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, disse que o Irã tem de escolher entre "retornar à mesa de negociações ou se auto-infligir um
isolamento internacional".
Na quarta-feira, o Conselho de
Segurança da ONU exigiu que o
governo iraniano adotasse as medidas exigidas pelo conselho da
AIEA, de suspender o enriquecimento do urânio, incluídos os setores de pesquisa e desenvolvimento. O maior temor dos EUA e
de seus aliados é que o país consiga produzir a bomba atômica.
Em setembro, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad,
disse na Assembléia Geral da
ONU que o país tinha o direito
"inalienável" de controlar todas
as etapas da energia nuclear. A
Rússia tentou convencer o Irã a
fazer o enriquecimento do urânio
em uma usina em solo russo. O
Irã não aceitou ter de realizar o
processo fora de seu território.
Como demonstração de força
militar -e que o país não está intimidado por possíveis sanções
ou embargos-, mais de 17 mil
homens da Guarda Revolucionária, força de elite do país, farão
manobras militares em 500 embarcações no golfo Pérsico e no
mar Arábico neste fim de semana.
O míssil Shahab-2, com alcance
previsto de 700 quilômetros, será
testado. "Desejamos que as manobras melhorem nossas condições para responder a qualquer
ameaça contra o Irã", disse o general Morteza Saffari, comandante da Guarda Revolucionária.
Há uma semana, a secretária de
Estado americana, Condoleezza
Rice, afirmou estar convencida de
que haverá negociações diretas
entre o Irã e os EUA para discutir
os planos de estabilização do Iraque. Os dois países romperam relações diplomáticas em 1980, logo
após o início da Revolução Islâmica, de 1979, que colocou os aiatolás no poder.
Com agências internacionais
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