São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 2011

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FOCO

Gaddafi indica diplomata da aliada Nicarágua para representar país na ONU

O nome de Miguel D'Escoto, 78, ex-padre de origem americana que atuou em governo sandinista, foi anunciado por Manágua

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, escolheu um ex-ministro das Relações Exteriores da Nicarágua para representar o país na ONU.
O ex-representante da Líbia na ONU, embaixador Abdurraman Mohamed Shalgham, foi um dos diplomatas que romperam com o governo de Gaddafi logo após o início da insurreição no país.
O vácuo de representação oficial abriu espaço para que a equipe de Shalgham agisse como um canal de comunicação entre autoridades da ONU e os rebeldes.
Até o e-mail oficial da representação está sendo usado para enviar comunicados dos rebeldes para a ONU.
Gaddafi escolheu um nicaraguense por ser aliado histórico do presidente Daniel Ortega, alinhado à esquerda.
O nome escolhido foi o de Miguel D'Escoto Brockman, 78, ex-padre católico que serviu como chanceler da Nicarágua logo depois da revolução Sandinista, em 1979.
Ele nasceu nos EUA e possui cidadanias americana e nicaraguense.
D'Escoto também já foi presidente da Assembleia Geral da ONU nos anos de 2008 e 2009.
O anúncio da escolha foi feito pelo próprio governo da Nicarágua, ontem, por meio de um comunicado escrito em espanhol em seu site na internet.
A nota afirma que o então chanceler da Líbia, Moussa Koussa, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pedindo que D'Escoto represente o país na organização.
Logo após o anúncio, Koussa desertou de seu cargo no regime do ditador, escapando em um voo para o Reino Unido após cruzar a fronteira com a Tunísia.


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