DA REDAÇÃO

A Turquia enviou contingentes e blindados para reforçar sua fronteira com o Iraque, em meio a um debate interno sobre a possibilidade de penetrar em território iraquiano para neutralizar as bases de rebeldes curdos.
Porta-vozes militares disseram em Ancara que a operação é habitual no início do verão, para evitar a infiltração de guerrilheiros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que é marxista.
O embaixador turco em Bagdá, Oguz Celikkol, disse que "o PKK deve ser eliminado como problema nas relações entre o Iraque e a Turquia". Indagado se o Exército turco tomaria a iniciativa unilateral de atacá-los no Iraque, ele disse esperar "que o problema seja resolvido antes que sejamos obrigados a chegar a esse ponto".
Também afirmou que todas as armas apreendidas da guerrilha curda demonstram que elas têm origem iraquiana. Os autonomistas partiram para a luta armada em 1984.
Os curdos têm existência reconhecida no Iraque. O presidente iraquiano, Jalal Talabani, é de etnia curda. Na Turquia, entretanto, os curdos são assimilados à identidade nacional, e o separatismo vem sendo há décadas duramente reprimido.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, exortou anteontem os Estados Unidos e o Iraque a destruírem as bases do PKK no norte iraquiano para evitar que forças turcas o façam.