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VENEZUELA
Lei prevê punição de quem não colaborar com serviço secreto
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
O presidente Hugo Chávez
promulgou nesta semana
uma lei que obriga cidadãos
comuns, estrangeiros na Venezuela e membros do Judiciário a cooperar com os serviços de inteligência do Estado, sob a ameaça de até seis
anos de prisão.
De acordo com a Lei do
Sistema Nacional de Inteligência e Contra-Inteligência, são consideradas "órgãos
de apoio" "as pessoas naturais e jurídicas, de direito público e privado, nacionais ou
estrangeiras, (...), quando seja solicitada sua cooperação
para a obtenção de informação ou de apoio técnico".
O descumprimento será
sancionado por uma lei de
2002, que prevê até seis anos
de prisão para quem se negar
"a atender os requerimentos
feitos por organismos do Estado nos assuntos relacionados com a defesa da nação".
Para a ONG Controle Cidadão, a lei cria uma "espionagem social" semelhante ao
sistema cubano e é uma
ameaça à imprensa.
O ministro do Interior
(Justiça), Ramón Rodríguez
Chacín, disse que o objetivo
da lei é "neutralizar" ações
contra o Estado, entre elas "a
ingerência dos EUA nos assuntos internos do país".
Ministro
Chávez decidiu ontem
manter o ministro da Comunicação, Andrés Izarra, que
havia posto seu cargo à disposição depois da reação negativa à decisão da TV estatal, controlada por sua pasta, de cobrar pela retransmissão
de suas imagens por redes
privadas. Na véspera, o governo já havia recuado e
mantido a cessão gratuita
das imagens.
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