São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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Rebeldes hutus prometem resistir

DA REUTERS

Forças hutus de Ruanda com base na República Democrática do Congo (ex-Zaire) prometeram resistir a qualquer tentativa de desarmamento de suas milícias.
"Eles não devem tentar forçar nada sobre nós ou estaremos no nosso legítimo direito de resistir", disse Christophe Hakizabera, líder das Forças de Libertação Democrática de Ruanda, organismo que congrega diversas unidades paramilitares hutus no Congo. "Não aceitaremos ser tratados como crianças ou criminosos."
O desarmamento, a prisão e a extradição para Ruanda de hutus acusados de participar do genocídio de tutsis em seu país de origem é o principal compromisso do governo do presidente do Congo, Joseph Kabila, no acordo de paz firmado ontem.
A missão observadora da ONU no Congo estima que haja de 8.000 a 12.000 milicianos hutus nas florestas do leste do país. Além deles, cerca de 5.000 ex-soldados de Ruanda foram absorvidos pelo Exército congolês.
O presidente Kabila disse ontem esperar que os rebeldes hutus, chamados de Interahamwe, entregassem suas armas. Caso contrário, prometeu agir militarmente contra eles.
"Acredito na persuasão. Insistirei com eles sobre a importância de voltar para casa. Se resistirem, podemos usar a força, mas não creio que isso ocorrerá", afirmou.
Os hutus querem permanecer em solo congolês. Temem voltar para Ruanda, hoje governada pela etnia tutsi rival, que os acusa de ter cometido um genocídio.



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