DA REDAÇÃO

A legislação americana deve incluir uma definição do casamento como a "união entre um homem e uma mulher", e os advogados da Casa Branca estudam uma forma de fazê-lo, disse ontem o presidente George W. Bush.
A declaração ocorre num momento em que cresce nos EUA uma campanha contra a legalização da união entre homossexuais, como reação a uma decisão da Suprema Corte que, em 26 de junho, anulou uma lei texana que criminalizava a sodomia.
Nos EUA, alguns Estados, como Vermont, e municípios já possuem leis que dão algum tipo de proteção legal a casais homossexuais, mas não há regra válida em todo o território americano.
Segundo pesquisa feita entre os últimos dias 25 e 27 pelo instituto Gallup, a decisão da Suprema Corte levou parte da opinião pública a adotar uma posição mais conservadora.
Enquanto, em maio, havia empate entre os americanos que se declaravam contra a união civil homossexual e os que se diziam a favor, com 49% de cada lado, em junho os opositores chegaram a 57%, contra 40% favoráveis.
Na nova pesquisa, com 2.009 entrevistados, 49% definiram o estilo de vida homossexual como "inaceitável" e 46% disseram que ele deveria ser ilegal.
Questionado sobre sua posição a respeito do homossexualismo, Bush respondeu que é importante respeitar o indivíduo e que "todos somos pecadores", mas que não cederia na questão do casamento.
"Isso [respeitar o indivíduo] não significa que alguém como eu tenha que ceder em uma questão como a do casamento. É assim que o assunto está sendo levado aqui em Washington, e essa é a definição do casamento. Eu acredito na santidade do casamento. Eu acredito que casamento é entre um homem e uma mulher. E acho que temos que colocar isso na lei. Já temos advogados estudando a melhor forma de fazê-lo", disse, sem definir que tipo de medida seria tomada.