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LEI
Grupo não queria lutar nos territórios
Corte israelense nega objeção de reservistas
DA REUTERS
A Suprema Corte de Israel rejeitou ontem a apelação de reservistas israelenses que se recusavam a
servir nos territórios ocupados,
no mesmo dia em que as tropas
do país mataram um terrorista do
Hamas e dois outros palestinos.
Os oito soldados que haviam ingressado com o pedido alegaram
"objeção de consciência" para se
negar a atuar na Cisjordânia e na
faixa de Gaza, onde vivem 3,5 milhões de palestinos. Mas os juízes
disseram que não podiam apoiar
a idéia de uma "objeção de consciência seletiva", declarando que
tal política ameaçaria a unidade
israelense.
O Exército, por seu lado, afirmou que o processo ameaçaria a
segurança do Estado israelense,
em meio ao sangrento conflito
com os palestinos.
Ontem, em Gaza, tropas mataram um integrante do Hamas que
abriu fogo contra os soldados
quando tentava entrar em Israel,
segundo fontes dos dois lados.
Na Cisjordânia, testemunhas
palestinas afirmam que soldados
mataram um palestino de 20
anos, durante confronto em Nablus, e um professor de 37 anos,
cujo carro batera num jipe do
Exército em Jenin.
Ocupação ilegal
Os reservistas encaram a ocupação israelense como ilegal. "Hoje,
a objeção é em relação ao serviço
na Judéia e na Samaria", afirmou
o tribunal, referindo-se aos nomes bíblicos da Cisjordânia.
"Amanhã, a objeção será contra a
retirada de vários assentamentos
[judaicos" na área", disse a corte,
citando os 145 encraves defendidos pelos militantes de direita, base de apoio do primeiro-ministro
Ariel Sharon.
Um porta-voz do Ministério da
Justiça declarou que o Exército de
Israel, diferentemente do que
ocorre na maior parte dos países
ocidentais, não tem uma cláusula
de objeção de consciência.
Como resultado da sentença,
um dos soldados retornará à prisão militar, onde deve cumprir
pena de três semanas.
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