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Para quem não tem capital inicial suficiente para montar o consultório ou o escritório, bancos oferecem linhas de crédito específicas.
O Banco do Brasil financia até R$ 10 mil para profissionais liberais. Até metade desse total pode ser empregada como capital de giro.
O prazo do financiamento é de 36 meses, com juros nominais de 15,5% ao ano, contra os 89% cobrados, em média, em empréstimos pessoais, segundo o Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). É possível obter carência de até seis meses antes de começar a pagar a dívida.
"Atendemos sobretudo odontólogos", diz Ronaldo Pozza, 38, gerente da divisão de negócios com micro e pequenas empresas do banco.
Já a OAB-SP firmou acordo com a Caixa Econômica Federal. Advogados formados há mais de quatro anos podem ter empréstimo de até R$ 20 mil para montar a sua própria banca; recém-formados, de até R$ 10 mil.
O prazo para a amortização da dívida é de até 24 meses, com seis meses de carência. A taxa de juros varia de 12,5% a 15,5% anuais.
O incentivo inicial é importante porque o retorno do investimento geralmente só vem a longo prazo, lembra Edson Stéfani, 48, presidente do sindicato paulista dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais.
Em alguns casos, a universidade "direciona" o interesse do aluno para, quando se graduar, montar sua própria clínica. É o que acontece em fonoaudiologia, diz Thelma Costa, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). (EV)

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