DANIELLE BORGES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Foi-se o tempo em que fazer as unhas demandava exaustiva espera nos salões de beleza. Atualmente é possível desfrutar dos serviços de manicure e ainda receber massagem, corte de cabelo, limpeza de pele ou fazer depilação e até mesmo clareamento dental sem precisar sair de casa.
Funcionando há cerca de seis meses, o salão Beleza Delivery é um dos que realizam o atendimentos domiciliar. "Nosso primeiro diferencial é o horário: atendemos na hora certa, nunca há espera", explica Luciana Zambrano Masi, proprietária. O salão oferece manicure, pedicure, massagem e serviços odontológicos.
Para atender na casa do cliente, no entanto, o padrão de atendimento requer cuidado redobrado. "A maior preocupação que tive foi a de ter uma equipe bem treinada. Os profissionais devem saber como se portar na casa das pessoas", conta a empresária.

Custo alto
Se, por um lado, a idéia implica comodidade para o freguês, por outro, a estrutura encarece bastante os serviços prestados.
Fazer o pé, com direito a escalda-pés com água com pétalas de rosa e esfoliação, sai por R$ 30. Fazer a mão custa R$ 20. Uma sessão de massagem terapêutica chega a R$ 120. "É mais caro, porém nosso objetivo é mesmo mimar a cliente", justifica Masi.
Salões mais tradicionais, como o Jacques Janine, também apostam no "delivery". "De cinco anos para cá, aumentamos o leque de atendimento", diz Solange Felipe, gerente de marketing da rede.
Ela afirma que "não é só o preço [do "delivery'] que reduz a clientela. O fato é que em casa a cliente não pode relaxar e ter um tempo exclusivo para se cuidar".
Paulo Ancona, consultor da Vecchi & Ancona Consulting, concorda. "Apesar da comodidade, a cliente não consegue reservar um tempo só para ela quando é atendida em casa", afirma.
Por isso a terapeuta Kimie Kawashima só oferece massagem em domicílio em casos que considere "especiais". Para ser atendido em casa, o cliente desembolsa até 50% a mais do que na clínica.
Já o espaço terapêutico Kan Tuí aderiu ao formato de entrega por meio de uma parceria. Com um investimento de R$ 4.000, o Kan Tuí -que também faz banheiras- passou a oferecer banhos em ofurô aos hóspedes de um hotel da rede Meliá. "Estamos em fase de testes, mas todos estão adorando", comenta Marcos Motta, idealizador do projeto. Cada banho sai por R$ 50 e é levado ao quarto do hóspede em uma banheira adaptada para o negócio.



Texto Anterior: Cautela ajuda a driblar as baixas
Próximo Texto: Franchising: Franquias criam associação para contestar cobrança de ISS
Índice