São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009


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COMO FINANCIAR SUA EMPRESA

Financiamento de longo prazo pede juros menores

Linha do governo cobra 1% ao mês em compra de máquinas e veículos

Sergio Zacchi/Folha Imagem
Antônio Carlos da Silva, diretor da Palacecoop, que diz ter dificuldade para obter empréstimo de curto prazo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bancos têm linhas específicas para o empresário investir em melhorias e ganhar fôlego financeiro nas contas.
Para reformar ou comprar máquinas e veículos, a melhor opção é o Proger (Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda), do Ministério do Trabalho, apontam consultores.
Ele empresta até R$ 400 mil pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. "São as melhores taxas: 1% ao mês, em média", afirma Fábio Campos, consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
"Fora de programas públicos, os juros são altos", avalia José Eduardo Balian, professor de economia da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Outras linhas são o Finame e o Cartão BNDES (taxa de 1% ao mês).
Elas podem ser melhores do que o leasing (arrendamento com opção de compra ao final do período de contrato). O leasing é viável quando tem juros menores que os dos bancos.
Com R$ 100 mil obtidos no Proger e empréstimos em seis bancos para capital de giro, Lucas Ribeiro abriu o Meu Sushi, que integra restaurante, fornecimento e delivery. "É bom se preparar para crises econômicas", avalia.

Dinheiro na hora
As opções para reforçar o capital de giro costumam ter juros maiores (de 2,5%, em média). Ele engorda reservas e é útil para quem vende a prazo e só recebe após o vencimento das contas. O ideal é quitar o empréstimo em até um ano, para não ter prejuízo com juros.
Depender demais de crédito para o giro pode sinalizar que os custos estão altos demais. "Quem sabe que vai precisar de capital de giro associa-se a uma cooperativa de crédito", diz Campos. Ela oferece juros menores do que os dos bancos -podem ser de menos de 2%.
Para quem precisa rapidamente de dinheiro, empresas de factoring têm menos burocracia que os bancos para negociação de recebíveis -cheques de clientes e títulos.
Os juros geralmente são maiores. "Se o cliente [título] for de confiança, poderá conseguir taxas bem interessantes", conta Laecio Barreiros, diretor da L&Barreiros Controladoria.
Como a atividade não é regulada pelo Banco Central, o cliente não tem seus depósitos garantidos por ele.
O empréstimo mais vantajoso depende da rentabilidade da empresa. "Se vendo um produto 100% à vista, uma taxa de juros de 10% ao mês pode ser viável. Se vendo pouco e a longo prazo, não", diz Campos. (GG)


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