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COMO FINANCIAR SUA EMPRESA
Financiamento de longo prazo pede juros menores
Linha do governo cobra 1% ao mês em compra de máquinas e veículos
Sergio Zacchi/Folha Imagem
![](../images/50305200901.jpg) |
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Antônio Carlos da Silva, diretor da Palacecoop, que diz ter dificuldade para obter empréstimo de curto prazo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Bancos têm linhas específicas para o empresário investir
em melhorias e ganhar fôlego
financeiro nas contas.
Para reformar ou comprar
máquinas e veículos, a melhor
opção é o Proger (Programa de
Geração de Emprego, Trabalho
e Renda), do Ministério do Trabalho, apontam consultores.
Ele empresta até R$ 400 mil
pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. "São as
melhores taxas: 1% ao mês, em
média", afirma Fábio Campos,
consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas).
"Fora de programas públicos, os juros são altos", avalia
José Eduardo Balian, professor
de economia da ESPM (Escola
Superior de Propaganda e Marketing). Outras linhas são o Finame e o Cartão BNDES (taxa
de 1% ao mês).
Elas podem ser melhores do
que o leasing (arrendamento
com opção de compra ao final
do período de contrato). O leasing é viável quando tem juros
menores que os dos bancos.
Com R$ 100 mil obtidos no
Proger e empréstimos em seis
bancos para capital de giro, Lucas Ribeiro abriu o Meu Sushi,
que integra restaurante, fornecimento e delivery. "É bom se
preparar para crises econômicas", avalia.
Dinheiro na hora
As opções para reforçar o capital de giro costumam ter juros maiores (de 2,5%, em média). Ele engorda reservas e é
útil para quem vende a prazo e
só recebe após o vencimento
das contas. O ideal é quitar o
empréstimo em até um ano, para não ter prejuízo com juros.
Depender demais de crédito
para o giro pode sinalizar que
os custos estão altos demais.
"Quem sabe que vai precisar de
capital de giro associa-se a uma
cooperativa de crédito", diz
Campos. Ela oferece juros menores do que os dos bancos
-podem ser de menos de 2%.
Para quem precisa rapidamente de dinheiro, empresas
de factoring têm menos burocracia que os bancos para negociação de recebíveis -cheques
de clientes e títulos.
Os juros geralmente são
maiores. "Se o cliente [título]
for de confiança, poderá conseguir taxas bem interessantes",
conta Laecio Barreiros, diretor
da L&Barreiros Controladoria.
Como a atividade não é regulada pelo Banco Central, o
cliente não tem seus depósitos
garantidos por ele.
O empréstimo mais vantajoso depende da rentabilidade da
empresa. "Se vendo um produto 100% à vista, uma taxa de juros de 10% ao mês pode ser viável. Se vendo pouco e a longo
prazo, não", diz Campos.
(GG)
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